Salve-se quem puder!
Não é novela. É sobre a vida real mesmo. Quantos empecilhos no cumprimento das quarentenas, nestes tempos pandêmicos! É brincadeira?
Estou tentando a todo custo fazer a minha parte. Passo horas trancafiado no quarto, privilegiado pela vista através da varanda (ou da sacada, como queira), é claro, fazendo exercícios físicos, apesar do curto espaço disponível, onde posso contar com um simulador de caminhada, que mais parece um trapézio, vixi! Trapézio, sim, pela aparência e porque dá trabalho e saio dele um bagaço; e, salvo engano, a palavra “trabalho” tem a ver com esse tal de “trapézio”, pelo menos na primeira sílaba, hahahaha...
Entretanto, não me dedico apenas às atividades físicas. Na verdade, passo a maior parte do tempo de olho na tela do computador, lendo, pesquisando e escrevendo. Para espairecer a mente, vou até a sacada e assisto aos movimentos confusos do trânsito, contrastando com a beleza das passarelas, onde a elegância feminina é destaque e sempre será.
Faço, também, uns revezamentos até a sala, onde o sofá e a TV são convidativos. Ah! Não posso esconder que as visitas à geladeira são constantes e bem constantes mesmo. Ufa!
Bom! Fora isso, o que está me deixando intrigado é o seguinte:
Apesar de todo o esforço em cumprir fielmente as quarentenas, para o bem do povo e da nação, eu fico em casa, e, vez ou outra, as contrariedades acontecem, ou seja, como algo desafiador.
Estamos em mais um feriadão: o dia das crianças (ou a semana das crianças). Outros já estão previstos para este restante de ano: o dia de finados, o natal e o ano novo. O problema não está nos feriadões; mas, na maneira pela qual muitas pessoas estão lidando com eles, nos dias atuais, parecendo que perderam o respeito pela vida. É só verificar os noticiários, que nos informam os engarrafamentos nas rodovias e a superlotação nas praias, nos bares, nos restaurantes, nos supermercados, nas agências bancárias, nas lotéricas, nas aglomerações religiosas e políticas, o escambau.
Bom! Apesar das adversidades, estou tentando fazer a minha parte; inclusive, há muitas pessoas envolvidas nesse propósito. Mas, do jeito que as coisas vão, por parte dos imprevidentes, nestes tempos de pandemia, salve-se quem puder!