A ORQUESTRAÇÃO DANOSA PARA A NAÇÃO.

Lembremos Shakespeare sobre a corrupção que acompanha a humanidade. Arguto dissecador de personalidades, profundo e inteligente na abordagem trágica da corrupção que busca poder e tesouro, o conhecedor de almas e condutas humanas, Shakespeare, chegou a fingir enlouquecer Hamlet para conseguir sobreviver. Não dissuadiu, porém, seu tio, o novo rei, que matou seu pai e dois meses após casou com sua mãe, tudo pela cobiça.

ESTARIAM TODOS INSANOS DIANTE DE SUAS RESPOSABILIDADES?

O novo rei desacreditou de sua insanidade. O enredo se supera quando para ficar convicto que havia “ALGO DE PODRE NO REINO DA DINAMARCA” (célebre frase do autor), o príncipe flagra o tio compondo uma peça que se assemelha aos fatos que cercaram a morte de seu pai. A peça deixa o rei emocionalmente alterado, sendo altamente revelador, o que faz Hamlet ter certeza que o tio matou seu pai. Ninguém do povo, razoavelmente esclarecido, precisa fingir insanidade para constatar a corrupção, O TEATRO ESTÁ ABERTO SEMPRE, mas precisa para sobreviver de forma cidadã, começar a pensar em se definir acerca da tragédia que vivemos, Shakespeare ficaria corado diante dela.

PODE VIVER MAIS TEMPO CONOSCO A IGNORÂNCIA PASSIVA?

“Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?” Significativas, por exemplo, as Catilinárias do senador, jurista, político, escritor e orador romano Marco Tulio Cícero e as parábolas.

É um trecho latino que foi objeto de tradução quando de meu vestibular para a UFF/Direito.

ESTAMOS TODOS ACREDITADOS NO QUE VIVEMOS? É UTOPIA OU IDEAL HISTÓRICO CAMINHAR POR ESSAS VEREDAS QUE LEVAM AO OPRÓBIO?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/10/2020
Reeditado em 13/10/2020
Código do texto: T7086361
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