O Ministro Sinistro

Admito um pouco de constrangimento em descrever aquilo que pressinto sobre o perfil de um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Até porque sou advogado militante, e estudo diariamente para concurso da Magistratura. Mas sou escritor. Há vários anos o que escutei de um conterrâneo impregnou-se em mim, depois de sua partida da terra, quando estive com Santoro no Mercado Central de Montes Claros, e perguntei-lhe: - O que te inspirava a compor músicas tão belas? - Obra do espírito santo! Que fala aos meus ouvidos, impulsionando a escrever.

Se me calar, as p(edras) hão de falar. O Ministro Sinistro! É dele de quem irei falar. O Ministro que sempre encontra uma brecha, e uma justificativa. Disse aplicar a Lei, quando mandou soltar o paciente. Disse não olhar capa de processo, quando o Escritório de Advocacia do antigo assessor fez o Habeas Corpus. Disse não se declarar suspeito, quando não ia casa do assessor nem ele na sua. Disse que tem 11 (onze) assessores. E se toda vez que um assessor deixar o Gabinete, e montar um Escritório de Advocacia. Não poderia ficar declarando-se suspeito.

Disse não se declarar impedido, quando não era parente do assessor.

Esqueceu são 11 (onze) Ministros no STF. Disse que o Presidente do STF, não poderia ter revogado sua liminar. Disse não foi culpa sua, a fuga. Disse ter aplicado artigo da Lei. Esqueceu os 10 (dez) Ministros apontam o seu erro.

(Em algum momento de minha vida ouvi falar em venda de Habeas Corpus)