Gratidão

A escrita é um exercício, como outro qualquer. Só aprimoraremos à medida que vamos desenvolvendo a prática. Hoje ao despertar, estava chovendo. Tudo em demasia é ruim, no entanto, uma vez ou outra, é bom curtir esse dia chuvoso. Sinto falta dos meus menininhos que desaparecem, com certeza, eles devem estar refugiados em algum cantinho. É engraçado, como seres tão pequenos, fazem parte do meu cotidiano. Quando não os vejo ou escuto os seus cânticos uma lacuna se abre. O legal é que com o passar do tempo, eles passam a interagir comigo. Logo no alvorecer, só de ouvir a minha voz, eles vão logo dando o seu fiu, fiu e vêm correndo para o pé de conde.
Ah como é maravilhoso esse momento, a umidade do ar que refresca a minha face. Na minha opinião, essa é a principal vantagem de uma casa sem laje, o contato com a natureza é mais intenso. O barulho das goteiras ao chocarem com a superfície. A imensa abóbada forrada com seu vasto manto cinéreo, lá longe, escuto o marulhar incessante das ondas.  Timidamente as árvores tremulam pra lá e pra cá, pra lá e pra cá.
Hoje, é um daqueles dias, onde o despertar é repleto de gratidão. Seria tão bom se todos os dias fossem assim. Enquanto estou aqui tomando o café, surge em minha mente reminiscências da Recantista Sally Grazi, com a sua crônica “Café da manhã”. Ultimamente, paramos de comprar pão. Agora os nossos pães são caseiros, motivando mais os nossos cafés.
Atitudes tão pequenas que geram uma imensa satisfação. Bom seria se todos os nossos dias fossem sempre assim. Louvado seja o nosso Mestre.

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 16/10/2020
Reeditado em 16/10/2020
Código do texto: T7088826
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.