As Agruras da Vida
Em 1972, passava eu por um abismo psicológico. Meu irmão Jair escreveu-me uma carta animada, contendo uma poesia de um autor desconhecido, que adaptou minha realidade de vida. Aquela poesia passou ser o meu amuleto.
Tempos depois, para adquirir conhecimentos gramaticais, passei a consultar o dicionário (Pai dos Burros) e achei o sinônimo de Nuvens, onde tinha o nome do autor da poesia, que tanto bem me fazia,
Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem, e não homem,
Só passou pela vida, não viveu.
Francisco Otaviano.