Vizinhos 1

Morava numa rua tranquila o único comércio que existia era uma lanchonete mambembe, que não sabia se era lanchonete bar etc.

Passei sete anos morando em outra capital e retornava para o bairro de férias, coisa que não dá pra perceber muito do dia a dia.

Retornei para o bairro há sete anos e daí sim pude notar muita diferença, a rua que era sossegada, tranquila se tornou um caos, surgiu uma padaria que o barulho da tal batedeira perturba a partir das seis da manhã, isso sem falar nos donos.

Uma velha louca que não se define religiosamente, mas a definirei como espiritualista pseudosábio, sabe de tudo ligado a mediunidade e espiritualidade, quer invocar as pessoas com seus conceitos, crenças opressoras.

Geralmente pela manhã principalmente as luas cheias, desperta rezando bem alto várias orações e cânticos evangélicos.

O marido, apelidado de velho babão pela galera do bairro, passa o dia sentado numa cadeira na porta do estabelecimento tomando nota da vida alheia, das seis e meia da manhã fechando as onze mais ou menos, retornando a tarde.

A figura é um tanto meio surda o bom dia incomoda, quando tá triste Deus e o mundo sabe se alegre também.

Ele tem um defeito na língua que fala um tanto quanto embolado, serve de chacota pra muita gente fantasia demais sobre as pessoas que chega a ser feio, pois sempre é pego na mentira.

E eu reles mortal me pergunto a pessoa chega numa certa idade, não se melhora, não muda e não vence suas más tendências, coo é difícil viver neste mundo!

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 21/10/2020
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