A PERFEIÇÃO DO IMPERFEITO

Sou da teoria de que na natureza não existe imperfeição, pelo contrário, tudo nela ou advindo dela é perfeito, ainda que não tenhamos essa consciência ou não aceitemos isso como verdadeiro.

Se, ao observarmos uma montanha, por exemplo, percebemos que ouve um deslizamento de terra e, consequentemente, alterando o relevo, aquele “buraco” não é uma falha e sim o resultado de forças que ali atuaram e provocaram aquela descontinuidade geológica.

Dadas as forças ali atuantes, consequência diversa não seria possível, portanto, estabelecida está a perfeição.

Da mesma forma, ao observarmos uma árvore e nela percebermos um ou mais galhos tortos, destoando dos demais, também não se tratam de defeitos. As condições em que aquele(s) galho(s) foi/foram gerado(s) e alimentado(s), o resultado não poderia outro.

Uma situação prática, palpável e que bem exemplifica esse argumento é, por exemplo, quando uma árvore está crescendo e no seu trajeto existe um obstáculo, pouca luz, ou algo que lhe atrapalhe. O tronco da árvore e seus galhos desviam desse obstáculo, buscando a posição mais favorável para se manter e sorver a luz do sol e assim garantir a sua sobrevivência.

Alguém que vê aquela árvore pela primeira vez, poderia dizer: como aquela árvore é torta! Mal sabendo o quanto ela lutou para se manter viva, apesar dos obstáculos

Exatamente esses mesmos raciocínios podemos ter em relação a todas as coisas e seres da natureza, inclusive, evidentemente, a nós, os seres humanos.

Somos imperfeitamente perfeitos, como toda a natureza!