O PLANETA ÁGUA

“POR FALTA D’AGUA PERDI MEU GADO, MORREU DE SEDE, MEU ALAZÃO”

A música intitulada ASA BRANCA, composta em 03 de março de 1947, por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que já nos indicava o sofrer pela falta d’agua na aridez do solo nordestino.

A seca a fome a dor de não ter o que mastigar é tão séria, que o ser humano pode imaginar, mas jamais a suportaria, em se falando de um ato universal.

Obras como O 15 (de Raquel de Queiróz, publicado em 1930) Vidas secas (De Graciliano Ramos, lançado em 1938), e tantas outras que abordam esse tema sempre relatando a falta de água e/ou de comida que já foram expostas ao mundo por tantos mestres em todo tipo de divulgação, causando o impacto duro nos corações das pessoas.

Mas, sabemos que as palavras duras, elas tem que ser ditas e mostradas pois fazem parte de uma vida que envolve seres humanos e ditam essas tendências em fatos verídicos, para que em nossos corações haja uma percepção e preocupação maior com os seres HUMANOS IGUAIS A NÓS, e a estes declinemos nossos olhares.

Uma crônica impactante lançada pela revista biográfica LOS TIEMPOS, publicada em 2002, que traz intitulada A CARTA ESCRITA EM 2070, creio que seja um apanhado de todas as narrativas já apresentadas desde os séculos passados.

O homem, a vida, sua ambição e comportamentos variáveis que já contemplei ao longo dessa minha vida, faz-me abrir um parêntese para fazer uma breve colocação em se tratando dessa crônica que achei muito interessante, e para ilustra-la melhor, eu acrescento relatando:

“Uma garrafinha de 250 ML de água, hoje você compra no supermercado a R$ 0,80 centavos e os vendedores ambulantes repassam por R$ 2,00. Um galão contendo 20 litros desse precioso líquido, vendem por R$ 8,00 (Esse era o preço que eu pagava quando consumia estas águas), que por duvidar da procedência parei de consumir. Tenho medo, que as mesmas medidas utilizadas hoje, nos assombrem com o seu custo num futuro próximo. Como ficariam esses preços?

Vejamos: Uma garrafinha contendo 100 ml de água, custariam de R$ 900,00 a R$ 1.200,00. Mas o brasileiro, como gosta de levar vantagem até quando está matando alguém (Pois em muitos casos pedem a senha do cartão de credito, antes de cumprir seu ato assassino) cobraria de R$ de 2.000,00 a R$ 3.000,00.

E no mais alto nível da exploração humana praticado por este ser ganancioso, Um galão com 20 litros, chegariam a míseros, 30 ou 40 mil reais.

Tudo isso (mesmo sendo de forma ilustrativa) é uma realidade comportamental pois está intrínseco no sangue e na alma humana”.

Os valores hoje, valem mais que as vidas, o exemplo está notório no comercio, nos supermercados, Padarias, açougues, feiras, prestações de serviços de toda e quaisquer espécie, vimos o (APROVEITAMENTO) das pessoas que aumentaram os preços de mercadorias

Roubos de águas em tanques, em rios, ou nas transposições do São Francisco, seriam combatidas a bala, com jagunços doidos pra apertar o dedo contra a cabeça de um cidadão SEDENTO.

Dessalinização das águas dos mares, já poderiam (EM GRANDE ESCALA) está sendo feito no mundo inteiro, para evitar o pior.

A CARTA ESCRITA NO ANO DE 2070, cuja crônica faz um alerta de extrema reflexão.

Ainda dá tempo salvar o planeta depois de tanto destruição que causamos a nós mesmos?

Dizem que Deus nos perdoa, mas a natureza, jamais perdoa o que com ela fazemos.

Reflitamos nessa crônica dentro de outra crônica.

Carlos Silva