Lapso Incidental

Pensai nas amarras que nos prendem e nos obrigam a pertencer.

Onde está a liberdade?

Eu a experimento transitando no próprio tempo, refletindo sobre o passado, vivendo o presente que me é imposto e criando expectativa sobre um futuro que nunca vai acontecer.

Então quando o hoje se torna amanhã, sinto saudades de ontem.

Até que instante pulsará este coração?

O tempo é a chave.

Tão certo, quanto implacável.

Silencio por não haver o que eu possa fazer.

Eis a derradeira batalha, a qual ninguém é capaz de vencer.

Observo as suas intenções, compreendo a sua prerrogativa e ao mesmo tempo sofro com as consequências da sua ação indelével.

O silêncio é o seu objetivo final, apesar de todo tipo de vida se multiplicar no seu transcorrer.

Então abraço o seu silêncio, com a quietude que lhe é peculiar, pois sei que é capaz de ensinar, desde que estejamos dispostos a aprender.

Sigo buscando sentido, apesar de até aqui ter encontrado tão pouco significado.