DA REPÚBLICA AO TERRORISMO.

Platão desacreditou de sua REPÚBLICA. O mundo vive o terror da mentira e chega ao terrorismo, pasme-se, em nome de um Deus matador. E mata-se desde a degola explícita intimidadora, até a degola dos cofres públicos por representação política, que mata muito, aqueles por fanatismo, esses por vantagem pessoal. Espécies do gênero homicida.

O mundo nunca viveu razoável paz civil e justiça de cidadania. Nem os países mais civilizados. Se há progresso nos direitos em geral incide mais restrição de liberdades. Se existe muita abertura quanto a essas liberdades, assume o desrespeito às instituições e a tudo.

O planeta chegou à inversão total de possíveis valores conquistados; alguns privilegiados enxergam isso. Outros uma rasteira bipolaridade no gládio onde se ausenta a percepção, a consciência, enfim a inteligência. A última hipótese senhora da aflição de prever, predizer, vaticinando que nada mudará.

Platão, ícone antropológico da filosofia grega, repórter de Sócrates, que nada escreveu, lastreou na metafísica a exclusiva ideia relegando à questão do “ser” e das “essências”, norte da chave na obtenção de conhecimento das universalidades do mundo.

Motivou-o Parmênides com centro no imobilismo, e Platão cria a teoria metafísica dualista, mundo das Ideias e das Formas e o mundo sensível. O das ideias, grandioso, razão intelectual, decorre do talento, pouco visto, apequenado nas gentes, nos povos, no granel obscurantista, ausente o privilégio, acessado somente e sempre pela capacidade racional do ser humano. O mundo sensível à realidade ocorrente diante do ser humano no cotidiano básico, chegado pelo empirismo, é o que se vê, e articulando mal, e faz uma medíocre soma, muito mais que a metade mais um que assola nos pleitos tolos e disformes; muitíssimo mais.

Sempre contornou ideias o homem, as melhores, não as possuem e são indiferentes por falta do “logos” do que passa e faz enredo.

Inferior e enganando quem não pode distinguir, estamos diante agora de uma realidade coroada por um dizimador sinistro sanitário, que põe a decantada ciência de joelhos.

Só não enxergam os mesmos afastados das ideias, trôpegos costumeiramente.

Na República do livro I no diálogo, que é concluído posteriormente, Platão fala do modelo como ideário político de gestão da cidade. O que nunca se viu.

A República de Platão lavrada próxima dos 380 a.C. compõe dez livros em diálogo com Sócrates, ator principal.

Sócrates situa a forma de governar para todos, o que implica esclarecer o que é a Justiça em si. Nisso a dificuldade e a não realização nos tempos.

Justiça é dar a cada um o que lhe pertence. Sem excessos de ir além e sem reter o devido.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/11/2020
Reeditado em 30/11/2020
Código do texto: T7124322
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