Era uma vez... O CORONA VIRUS




O mundo parou dentro de uma bolha. Estávamos no ano de 2020. Márcia sentia medo. Era primeira vez que ouvia as notícias sobre o risco de contaminação do vírus. Perplexa, compreendeu a gravidade ao escutar os noticiários! Informes, recomendações dos profissionais de saúde, avisos, orientações para manter as pessoas saudáveis e protegidas etc. Uma overdose midiática. Nesses momentos, as horas são às vezes lentas, difíceis, e com confusos pensamentos. Em outros momentos, rápidas e fugidias
No entanto, Márcia procurava pensar no melhor. Como é do grupo de risco, reage ao medo, pois anseia longevidade, intensamente. Mas os sentimentos são paradoxais ora, tristeza pelos seus velhos anos e por não poder ajudar as pessoas como gostaria. Ora, alegre por compartilhar poesia, música, palavras de amor. Esperançosa, alcançou a consciência filosófica de lutar pelo bem, pela justiça e para humanidade, resistindo ao inimigo invisível! Apesar da crise, do isolamento, não se sente só. Família, filhos, amigos, fazem-na superar as circunstâncias adversas. Não obstante às dúvidas e temores, compreende o quanto são temporários. Assim, nesse clima paradoxal, dedica seu tempo para alimentar sua alma, escutar belas canções, poesia, passeando pelos corredores da arte, a expressão da beleza. Escuta igualmente, as notícias do mundo real, da pandemia, do luto, das dores e alegra-se diante de atitudes solidárias. Mas logo escapa para o alto da sua montanha, onde se refugia das sombras e solta suas asas pesadas de sonhos e emoções.
No contraste da circunstâncias, vive momentos de encontro com a alma, através da oração, do recolhimento, da meditação, alçando voos ao espaço inefável. Então desperta sua consciência filosófica no encontro da paz.
Márcia tem apreciado os poetas antigos, os modernos, contemporâneos. Àqueles os quais a ajudam na caminhada para o belo, o UNO. Enfim, descobriu a finalidade poética no sentido de alcançar o divino, que explode em cada verso extraído do interior de si mesma. Na inspiração derrama-se em versos...

Na dor, pensa Márcia, nós crescemos e aprendemos a combater a desesperança que o inesperado doloroso nos traz. A pandemia nos trouxe muitas dores, ausência de abraços, perdas de vidas preciosas Repete para si: Vamos superar! Porque voltamos a encontrar o centro, o equilíbrio e o relicário do ser.
É a esperança que nuca morre no espirito!
Regina Barros Leal
Enviado por Regina Barros Leal em 01/12/2020
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