Pandemia e filmes americanos de catástrofe.

Ontem os repórteres da Globo News estavam visivelmente abalados, um chegou a dizer que tinha passado mal - por causa da pandemia.

Lembrei os filmes americanos de tragédia e percebi que nenhum chegou perto da realidade atual que todos nós estamos vivendo.

Nos filmes tinham os bandidos e os mocinhos, os negacionistas e os avarentos que escolhiam sacrificar vidas para não perder dinheiro.

Chegou a hora de cada um de nós escolher um personagem.

Quero ser o sobrevivente. Nos filmes os sobreviventes fugiam de algo. Hoje temos que ficar em casa quem pode, outros têm que trabalhar sob o risco de passar fome ou perder sua moradia.

Nos filmes, os sobreviventes passavam todo o tempo buscando um lugar seguro, hoje com muitos cuidados a casa é um lugar seguro. Com MUITOS cuidados.

É pânico, é medo, é angústia e tudo isso é perfeitamente normal pois somos humanos e amamos a vida.

Contra um governo omisso e incompetente e alguns distanciados da realidade, tem a turma que escolheu a vida.

Vivamos o dia, é o que temos no momento.

O futuro sempre será uma interrogação, ou você que tinha certezas achou em algum momento na virada do ano que hoje estaríamos vivendo uma pandemia letal e mundial?

A grande reflexão a ser feita é que certezas e segurança ninguém tem nem nunca teve, vivíamos de ilusões.

Desde a pandemia as ilusões perderam o prazo de validade.

No lugar do desespero escolhi colocar a certeza da fragilidade da vida e da nossa pequenez diante da imensidão do tempo e da trajetória do planetinha no universo.

Hoje sou parte de um todo que sofre e desesperadamente busca soluções. Não tem varinha mágica, não tem solução pronta, o desafio é manter-se firme dentro do possível, dentro da nossa humanidade.

O grande ensinamento da pandemia foi acabar com a arrogância e a sede de poder e dinheiro a qualquer custo, hoje o rico e o pobre correm o mesmo risco de morrer.

Como nos filmes, vamos nos projetar na reta final e batalhar para que isso aconteça.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 11/12/2020
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