A luta contra o COVID

A dona de casa estava exausta, alguma coisa no seu corpo a atormentava, uma dor estranha, comprovada febre, uma vontade imensa de permanecer na cama, logo a quase certeza de que uma gripe forte já era certeira. O primeiro dia permaneceu na cama direto, os afazeres cotidianos poderiam esperar, no segundo, terceiro dia ainda continuava o desânimo, bastante mesmo, as dores em todo corpo haviam aumentado assustadoramente, vômitos, diarreia quase contínuos.

Nesse lar, morava ela, seu esposo, sua filha, seu filho, todos já adultos, conscientes e nas suas responsabilidades viam que na rainha do lar algo terrível estava acontecendo, até que sua filha, fala:

--- mãe, vamos te levar para o hospital!

A mãe aflita implora:

--- não, vai passar, não precisam se preocupar.

Nesse impasse todo, houve um consenso, o esposo, os filhos, todos concluíram que ir para o hospital era preciso. De imediato a locomoção ao hospital foi providenciada. Chegando lá, este caso, quer dizer o nosso caso, teria que ir para uma ala de atendimento do covid, (a UPA) nossa! Quantidade imensa de pessoas estavam ali, uns visivelmente completamente doentes, alguns atentos atendentes, mas só uma médica, também atenciosa para atender aquela multidão de pessoas, por causa da demora pela lógica não poderia ser diferente, houve tumultos e até a intervenção policial foi preciso.

A mãe a qual estamos revelando aqui, esta personagem principal do texto, estava quase já sem forças, num canto à espera, sonhava com uma cama, mas pelo seu quadro, logo chegou a hora de sua consulta, resultado, suspeita cabal de estar com o covid. Bastante recomendação, mas na volta para casa uma quarentena era necessário, o teste para comprovar o ataque do vírus foi feito, mas o resultado só em alguns dias. De posse do resultado a conclusão era positivo, (contaminada pelo coronavirus) esposo, filha, e filho, não quiseram isolar, permaneceram ali juntos e cuidando da enferma. Os contatos antes, só alguns netos e amigos, a torcida era que não houvessem sido contaminados. A enferma continuava acamada, a vontade era jamais levantar da cama, algumas vezes que teimava, tinha que voltar pra cama imediatamente, ficou assim duas semanas, a melhora veio com alguns soros injetáveis, sugeridos pelo médico da família. Por incrível que pareça e graças ao bom Deus, os familiares não foram contaminados, nos exames deram negativo, talvez seus anticorpos brigaram com os vírus invasores e venceram.

A enferma melhorou a família conseguiu passar essa terrível fase.

FATO VERÍDICO, PORQUE ESSE FATO ACONTECEU COM A MINHA FAMÍLIA. MINHA CIDADE: SÃO LOURENÇO- MG, COM SEU HOSPITAL E TODA ALA DO COVID, COM SEUS ANJOS, QUE SÃO OS MÉDICOS, ENFERMEIROS E TODOS FUNCIONÁRIOS EM GERAL, NA LUTA CONTRA ESSE GRANDE MAL QUE APAVORA O MUNDO INTEIRO. APESAR DE TER CONHECIMENTO DE QUE O NOSSO HOSPITAL ESTÁ SOBRECARREGADO NAS INTERNAÇÕES DE COVID, NOSSA CIDADE É REFERÊNCIA ÀS OUTRAS CIDADES PRÓXIMAS, A LUTA É ÁRDUA, MAS GRAÇAS A ESSE AMOR INCONDICIONAL QUE A LUTA SEMPRE VAI CONTINUAR.