Uma rara beleza
Fazia uma bela manhã de sol.
Um homem, na praça, alimentava passarinhos e cuidava de algumas plantas.
Como fazia, diariamente, além de dar ração às aves, conversava e brincava com elas, sem se importar com os passantes, sem se incomodar com o que pensassem dele.
E foi naquela praça, naquela mesma manhã, que uma linda criatura se aproximiu dele dando-lhe parabéns por cuidar dos passarinhos.
Ela o observada, à distância, por alguns momentos. E lhe disse algo como: Deus lhe abençoe. Deu-lhe um pouco mais de atenção e partiu.
O homem ficou estupefato com a beleza daquela mulher. Loira, alta, trajava blusa vermelha e calça comprida preta. Sua companhia era um pequeno cachorro.
Ela irradiava pureza, simplicidade, o que fez com que o homem desejasse fotografá-la, como fazia com os pássaros. Pensou em pedir autorização para clicá-la, mas não teve coragem.
E algo lhe dizia que ele não voltaria a ver aquele belo ser em tão pouco tempo ou nunca mais.
Ele sentia isso.
E não tivera uma visão. A criatura era de carne e osso. Seria mesmo?
Voltando para casa, ele dizia para si: mais que a beleza física, aquela mulher irradiava algo indescritível, inimaginável.
Algo impressionantemente belo e inenarrável...
Algo...