A moça do bar

Todas as noites ao voltar do trabalho faço sempre

o mesmo percurso onde o engarrafamento não prende

tanto porque normalmente vou direto para casa,

dessa vez houve um problema com a sinalização

a demora aumentou muito mais do que de costume,

impaciente observo as pessoas no seu vai e vem.

Nesse interim vejo uma moça vestida de vermelho.

Sentada no bar conhecido da cidade, sem perceber

estava sendo observada ela olha para o celular depois

a porta e a impaciência porque se torna repetitivo

fico bastante curioso, ela continua só

tendo ao redor outras mesas ocupadas mostrando

o movimento do bar animado, sem sinais da

pandemia... que santa ignorância. - Pensei.

De repente a moça sai da mesa e vem para a porta do

estabelecimento, e nada do sinal abrir, vejo a moça

saindo chorando seguindo pela calçada sem olhar de lado.

O sinal abre vou em frente sem esquecer a moça queria

ver o que aconteceu. Dobro a próxima esquina

encosto preciso descer... encontrá-la sem ser invasivo

uma coincidência

quero causar senti vontade de ajudar.

Não a vi mais o rosto dela gravei, pode ser que encontre

a moça do bar outra vez. Tenho a mania de me preocupar

colocando-me no lugar do outro, isso é bom ou ruim?

Não sei o que sei é que o meu coração sofre com tudo.

Almeida Clementino
Enviado por Almeida Clementino em 18/12/2020
Código do texto: T7138621
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