Um vento Leve sem ser suave

O mar nos atrai. A brisa leve do mar. É como estarmos mais próximo de casa. O povoamento e a constituição demográfica na costa deve-se aos nossos descobridores. Ou invasores? Os “descobridores” eram homens do mar. Do mar vieram todos que traíram essa Terra.

Indiferente às minhas origens gosto das montanhas, do vento que sopra o topo das montanhas e do cheiro da terra e do mato. Talvez um suíço dos Alpes ou mais provável um africano da Serra Leoa, enjaulado perdido em meio dos nossos descobridores. O fato é que estamos aqui mestiços latinos. Sangue quente. Amantes da festa, hospitaleiros e não confiáveis aos olhos do primeiro mundo. Eles sabem a escoria que mandaram para cá. Aportavam descarregavam. De assalto enchiam seus navios do que era de mais valor. As riquezas eram tantas que seus pequenos países não sobraram espaço para armazenarem mais, ainda sobrou-nos muito. Inclusive o seu legado de desordem e uma identidade de auto-estima destruída por 500 anos e mais. E é por isso eles estavam sempre próximos ao mar.

O que nós somos? Uma jovem e indefesa Nação.

Preferimos seguir o parâmetro americano do norte e o Europeu?

Temos capacidade de nortearmos?

A forma que nossos governantes estão conduzindo este país dá a impressão que ele não é nosso. Entendo que nós somos daqui é aqui que temos que criar nossos filhos repartindo nossas conquistas e felicidades.

Nossos governantes estão agindo às pressas tal qual os estrangeiros que carregavam seus navios e partiam com as riquezas para depósitos escondidos debaixo de seus colchões.

O dinheiro que não pode aparecer.

Não fazem nada definitivo. Tudo está sempre sujeito a reformas. O povo recebe esmolas e Eles só sabem aumentar impostos ou vender nossas riquezas e patrimônios.

A Saúde não funciona, a segurança não funciona, a educação não funciona, as estradas cheias de buracos, os aeroportos não funcionam. Os investimentos não chegam aos seus destinos. O que se gasta per capita não condiz com a qualidade ofertada.

Muitos benefícios para poucos que nem sabem do trabalho que se tem para pagar as contas.

O trabalhador e o empreendedor de pequenos negócios sabe; ele é refém destas contas.

Nós pagamos nossos impostos na esperança de recebemos os serviços públicos e não recebemos e o pouco que recebemos, um cala boca, nos faz desonestos com nós mesmos. Pagamos e não recebemos pelo que pagamos. Isto é calote

Na cidade grande está o desenvolvimento e ela sempre está perto do mar. Não quero voltar às pressas nem levar riquezas daqui para casa como nossos “descobridores”.

Minha casa é aqui!

Entendo agora o por que gosto das montanhas, dos ventos dos topos das montanhas e do cheiro da terra e do mato. Por que não? Sentirmos “A sensação das cordilheiras”.

Como seremos?

Manuel Oliveira.

Manuel Oliveira
Enviado por Manuel Oliveira em 28/10/2007
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