Retrospectiva.

2020 talvez por ser 2020 com tudo que isto implica, foi o ano em que perdi a pouca liberdade de ir e vir, perdi a ingenuidade, perdi as ilusões que ainda restavam. Todas. Não ficou pedra sobre pedra.

No final restou eu só.

Sozinha como sempre fui, eu que já quase morri tantas vezes.

Não perdi a esperança.

Não perdi a fé.

Não perdi a vontade de lutar.

Me sinto mais inteira, mais forte, mais lúcida, mais presente, consciente, atenta.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 31/12/2020
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