Acreditava no possível
Acreditava no possível.
Mas quando lia o seu livro interior, lá, as páginas, amareladas, estavam cheias de tristeza e dor, e se lamentava.
Ainda assim, acreditava no possível.
Também dentro de si, sobre uma escrivaninha, folhas espalhadas de um lado a outro.
Numa delas, lia uma observação: poesias reclamam rimas, trovas
sentem falta de silabas poéticas. Mas não dizia nada.
E seguia acreditando no possível.
Ao deixar o seu interior, logo viu que era melhor acreditar no impossível.
Seria isso possível?
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