Resgatando

Quantas coisas se perdem vítimas da evolução. E não é diferente na forma de se comunicar, quem não se lembra, nos antigos filmes, tão comumente, diziam -oxalá- como era elegante, hoje em dia os jovens nem sabem o que significa oxalá; os bandidos perversos, os mais cruéis, eram chamados de facínoras, acabou, hoje as mães têm que ser envolvidas quando nos referimos a tais crápulas, Como eram elegantes palavrões com C, crápula, canalha, calhorda, eram expressões de tão fino trato, que os ofendidos, eventualmente, agradeciam ao insulto.

Os famigerados, e este é outro termo extinto, e-mails estão acabando com os filatelistas, ninguém mais coleciona selo, que era de tão bom alvitre, quem usa ainda o alvitre?

Velhas receitas, drogas como o emplastro, cloroquina, e a arnica se transformaram em lenço envolvendo a garganta, como nas velhas dores de garganta, tudo passou para a arqueologia.

Euclides da Cunha dizia que o homem é vítima da evolução, eu preciso acreditar que sairei incólume (incólume) de quase todos os avanços do mundo, oxalá...

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 11/01/2021
Reeditado em 11/01/2021
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