Confusão com as letrinhas

No dia “D” e na hora “H” um certo governador “D” na corrida para as eleições 2022 e desafiando ao presidente “B” e o ministro “P” utilizou-se da mídia e exibiu a aplicação da 1º vacina “V” no Brasil. Para completar um certo deputado “E” põe em dúvida a taxa do efeito global da vacina e diz que: “com 50,38% de eficácia, metade dos vacinados vai pegar a doença e a outra metade, não”. Será que o senador “F” e o vereador “C” não vão contribuir com suas “ricas” opiniões também?

Mas, deixando de lado as letras, que pra falar a verdade eu até me confundi com o alfabeto, a primeira pessoa a receber a vacina no Brasil é uma mulher, profissional da saúde e negra. Será incoerência do destino? Ou alguém quis, com isso, dizer ao presidente e aos seus correligionários que seus dias estão contados?

Talvez seja um recado divino apontando que o descaso, a imprevidência, e os erros cometidos em Manaus, um dia terão que ser apurados? Por lá a vacina já chega é tarde... quantos não tiveram que pagar pelo desgoverno do Brasil?

Nós, assim como Manaus precisamos respirar... O que mais será preciso para que o presidente e sua corja deixem o negacionismo? O que está acontecendo em Manaus não é azar, não é despreparo: é crime.

Quem se contrapôs às medidas de lockdown, quem divulgou falsas medidas de tratamento, quem apostou na "imunidade de rebanho", quem negou e a ciência, onde estão eles agora? Disputando quem é o “dono” da vacina? Tentando impressionar a população pela sua “presteza e subserviência”?

Quando, meu Deus, os líderes brasileiros deixarão de pensar somente neles próprios e passarão a apostar na vida...!?

Nália Lacerda Viana, 18 de janeiro de 2021