... e ninguém desejará nascer branco.

Personagem A: Você é branco, certo?

Personagem B: Certo.

P.A.: Por que você nasceu branco?

P.B.: Porque eu nasci... Ora, nasci branco porque nasci branco.

P.A.: Por que você nasceu branco, e não negro?

P.B.: Ora, porquê!? Porque nasci assim, o filho mais bonito da minha mãe. Sou filho único, o que...

P.A.: Você nasceu branco porque não quis nascer negro.

P.B.: Como é que é!? Cupim comeu o seu cérebro?! Explique-me a sua teoria.

P.A.: Você é racista.

P.B.: Quê!? Que papo besta é esse!? Desmiolou-se?!

P.A.: O sentimento racista está implícito na sua alma, daí você, não querendo nascer negro, nasceu branco.

P.B.: Caçamba! Quanta caraminhola! Eu sabia que eu ia nascer, e quis nascer branco?!

P.A.: Sim! O preconceito racista que anima o seu espírito anímico antecede a sua concepção. Estava inscrito na sua alma espiritual, que transcende o seu estado material, antes de você retirar-se do útero de sua genitora.

P.B.: Carambolas e jabuticabas! E você fala difícil, hein!?

P.A.: E não desconverse: Você é racista!

P.B.: Macacos me mordam! E você, carinha?! Você é racista.

P.A.: Eu!? Racista, eu?! Não seja atrevido!

P.B.: Além de racista, você é burro.

P.A.: E por quê!? Responda-me.

P.B.: Por quê!? Ora bolas! Você é branco.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 02/02/2021
Reeditado em 03/02/2021
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