Curto-circuito

Na noite anterior, tive insônia e febre. Quinta-feira foi um dia daqueles! Após o almoço, que estacionou na garganta, sofri um surto de fúria no salão de vendas. Seguido de crise de choro. O pânico travava a respiração e doía no peito. O pessoal da medicina do trabalho me conduziu até o ambulatório, onde dei entrada apresentando hipertensão e náuseas. A médica prescreveu hemograma completo, um eletrocardiograma e consulta com psicólogo. Encerrei o expediente, melhorando no decorrer da tarde, enquanto refletia vagando nas trilhas do Parque Municipal. Dissimulei, perante a doutora, aquela não foi a primeira vez que o meu organismo rendeu-se ao estresse. Quase colapso. Temi admitir a reincidência do fato, e isso, depor contra mim, em futuro processo seletivo.

Por que estou narrando este ocorrido? Porque é a vida real. Nas redes sociais, pulveriza o conceito imagético de que os “amigos” estão isentos de ansiedades e frustrações. Atualmente, atribula a minha rotina estes dias fora do eixo. E, confesso, vivo direcionado pelos impulsos antagônicos, que me assaltam. Tornando-me protagonista de práticas transgressoras, em forma de pequenos delitos.

Creio que é momento apropriado para você e eu tomarmos de vez a responsabilidade pelas nossas conquistas e progresso pessoal. - Então, podemos ser cúmplices?

Ronaldo Marinho
Enviado por Ronaldo Marinho em 06/02/2021
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T7178169
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