CIDADANIA

O homem é um ser social, e vive em sociedade para melhor se defender e se organizar.

A sociedade deveria servi-lo, como elemento fundamental de sua formação. Se a situaçao se inverte, o que é comum e recorrente, temos de alimentar a máquina social, controlada por cidadãos poderosos, políticos, autoridades, e ainda somos mal servidos daquilo que seria básico, como assistência médica, segurança, educação, saneamento, manutenção de vias, iluminação e previdência. Quando isso se estabelece (e nos acostumamos com tal aberração), os poderosos viram a entidade máxima social, portando-se quais semideuses.

Não podemos aceitar que um poder, seja qual for, amedronte-nos, roube, engane e diga que somos responsáveis por seu funcionamento. Grande mentira!

Saibamos dizer não! O precário poder que todos têm, emana do povo. Pense!

Quantas vezes somos tratados com truculência? Ou assistimos isso ocorrer?

E o que fazemos, geralmente? Ficamos indignados, resmungamos e ... calamos.

Não podemos responder à truculência com truculênca, física ou moral, individual ou coletiva, mas temos de eliminar o mal, agindo prontamente. Denunciar, sempre, qualquer mínima irregularidade.Temos de nos apoiar, mutuamente. Ninguém é grande ou pequeno o bastante, que escape à tirania, quando ela cisma. Porém, da mesma forma, grandes e pequenos tiranos também enfrentarão, cedo ou tarde, a justiça, mesmo protegidos por cargos ou autoridade. Vivemos associados, uns aos outros, e a isso chamamos civilização. Para vivermos juntos foram criadas regras, que normatizam a vida em sociedade. Nem todas, porém, são justas e condizentes com a realidade, justamente porque os que detém o poder costumam agir em benefício próprio, puxando a brasa para sua sardinha.

Para que fomos dotados de raciocínio? Para usá-lo em ocasiões como essa.

Temos de refletir sobre o que vale a pena, ou não. E agir de acordo.

Aceitar imposições do poder constituído sem questionamento, é passar atestado de burrice.

A família sempre foi, apesar das manipulações, a célula mater da sociedade, e o indivíduo, o objetivo, o beneficiário maior e principal. Se o homem passou a viver em grupo, para melhor dominar o meio, a sociedade passou a representar a entidade que congrega cidadãos. Como já dito, seu objetivo, desde a criação, foi servir ao indivíduo. Famílias, constituídas por afinidade, são mini sociedades, dentro da sociedade maior, e formam a base de seu funcionamento.

Quem desconsidera a família ou o indivíduo, desconsidera a própria sociedade.

Quem considera que um assalariado pode viver com salário mínimo, e defende ou aceita para si salários dez vezes maiores, mais mordomias, age bem? Governa bem?

Quem diz que está tudo na mais perfeita ordem, e a realidade é, claramente outra, está respeitando os cidadãos? É preciso pensar, seriamente, onde tais atos irão desembocar.

Politicagem é defender princípios, ideologias, grupos, partidos, correligionários, associados, aliados, visando carreira, poder, protecionismo, corporativismo, sem medir consequências sociais. Geralmente, os que se utilizam de tal expediente, defendem estratégias de consolidação de suas ações, apregoando que os fins justificam os meios, ou seja, é fazer o que for preciso, doa a quem doer, para ter sucesso.

Podemos gostar de certas pessoas, mas temos de enxergar quando agem bem ou não.

Siglas e partidos valem muito menos que a vida de todos nós, de nossas crianças e idosos. Lutemos a boa luta, pacífica, consciente, em prol do que é bom pra nós todos.

nuno andrada
Enviado por nuno andrada em 10/03/2021
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