Político Cumprimenta Todo Mundo

É saudável o eleitor cobrar coerência dos políticos, mas muitos acabam misturando alhos com bugalhos. Acham incoerente um político cumprimentar um político adversário. Elogiar então, nem que a vaca tussa. Calma aí, Zé Ruela, político cumprimenta todo mundo, num gesto de civilidade. E elogios podem produzir resultados práticos. Quando cumprimentamos ou elogiamos aquele vizinho chato, que insiste colocar o som nas alturas, o que almejamos? No caso dos políticos, a aprovação de projetos. Executivos e legislativos das três esferas de governo, muitas vezes têm interesses conflitantes, ou seja: o presidente da república precisa dos votos de senadores e deputados federais; governadores dos deputados estaduais e prefeitos dos vereadores. Está claro, ou precisa desenhar? Estão fazendo política, mermão! No jargão político, estão ne-go-ci-an-do. Na prática, um cede um pouco aqui, o outro ali. E na maioria das vezes com palavras e gestos sedutores. Aí o cidadão fica indignado porque Bolsonaro fez acordo com o centrão. Uai, queria que fizesse com quem? Gostemos ou não, foram eleitos! Mas o Biden, cumprimentando Trump..., ah para né! E o Lula, que chamou Roberto Jeferson de meu irmão! E por aí, vai o eleitor, reclamando no varejo. Magalhães Pinto foi um banqueiro dono do falido Bando Nacional. Ele dizia que a política é como as nuvens. Você olha pro céu e elas estão de um jeito; você olha de novo e elas mudaram. A metáfora é perfeita. Políticos se aproximam e se afastam de acordo com interesses em disputa. Divergem e convergem. O que interessa é se os projetos em disputa são bons ou ruins para nós, o povo. Alguns governam para muitos; outros governam para poucos. O que o prefeito e o seu vereador fizeram pela sua cidade? O governador tem governado com lisura? Que legado Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma deixaram? Você concorda com o Bolsonaro?