Um pouco de silêncio ou uma boa caminhada

As vezes não acordamos de bom humor. Quase sempre uma noite mal dormida pode ser tida como a causa principal. O cansaço físico, o esgotamento mental pode nos levar a um comportamento não esperado, principalmente, àquelas pessoas que estão ao nosso lado. Neste caso, o que fazer?

Não especialista de nada, portanto, o que vou colocar aqui é só uma experiência. Só porquê serve para um, não significa que servirá para outro. Bom! O que faço nesses casos? Quando não tenho uma boa noite de sono e percebo que isso vai interferir no meu humor, costumo tirar um tempo para meditar. Antes de conversar com a esposa e o filho, me reservo um tempo em silêncio. Se tiver um tempo livre antes de seguir para o trabalho faço este silêncio com uma breve caminhada. Mas nada de forçar. Quando volto pra casa me sinto melhor e pronto para enfrentar mais um dia de trabalho.

Falei isso com relação a minha pessoa, mas quando é o outro que parece não acordar muito bem e tudo que você consegue, além de uma cara feia são uma coleção de insatisfações? Seja em família ou no trabalho temos que lhe dá com situações como essas. Então, o que fazer? Responder no mesmo tom nunca é a melhor saída. Isso tende a gerar conflitos desnecessários. O que faço nesses casos? A mesma coisa, quando sinto que não estou muito simpático ao dia. Me retiro ao silêncio e, se tiver uma oportunidade de caminhar um pouco, faço isso em contato com a natureza. No primeiro caso, o outro não tem obrigação de receber sua descarga de mal humor; no segundo caso, parto do pressuposto que temos que respeitar o outro(a). Nem sempre as pessoa se dão conta daquilo que fazem. Pode parecer uma coisa até banal, mas autoconhecimento não é apenas um mergulho profundo a sua própria essência. É isso também, claro! Porém, autoconhecimento é perceber o momento em que estamos inseridos. Conhecer nossos limites não é algo que deva ser visto apenas nas situações limites, mas nas pequenas coisas do cotidiano.

Acredito que nosso cotidiano pode ser melhor. Mesmo quando as condições econômicas e sociais andem na contramão de nossos desejos, de algum modo temos que – naquilo que depende da gente - procurar fazer esses pequenos exercícios. Como disse, não sou especialista em nada, mas hoje achei importante falar um pouco nisso. Às vezes estragamos nosso dia por bobagens e, quase sempre, tendemos a culpa o outro, quando na verdade muita coisa, muita coisa mesmo, só depende de nossa maneira de ver o mundo. Para mim esse é um exercício permanente. Muitas vezes não consigo. Outras vezes consigo. Nisso tudo o importante é não nos perdermos naquilo que é essencial em nossa vida.

Jorge Alexandro Barbosa
Enviado por Jorge Alexandro Barbosa em 09/04/2021
Código do texto: T7227665
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.