confissões de um coração bobo e derretido

Aquilo que eu acreditava ser uma paixãozinha já tem mais de 3 anos que ainda não foi embora. Tenho vontade, curiosidade de te conhecer melhor, de passar tempo com você, de te fazer rir, de te beijar... Mas, ao mesmo tempo, me julgo por isso: por que desejo essas coisas com você? Por que não com outros? Eu nem te conheço direito. Então, o que justifica essa escolha atrapalhada do meu coração? Ou será culpa de outro fatores fisiológicos? Hormônios talvez? Não sei. Por que foi sobre você que depositei essas expectativas? Expectativas as quais, se dependerem de mim, nunca se tornarão realidade. Você é tímido. Será que já pensou em mim? Chamar-me-ia pra sair? Sinto-me tão boba pensando e escrevendo essas coisas. As comédias românticas hollywoodianas cumpriram bem o seu dever. Eu não posso ficar desocupada por alguns momentos que esses pensamentos já me invadem a cabeça. Apesar de me trazerem ansiedade por saber das poucas e quase impossíveis chances de dar início a esses encontros e acontecimentos que anseio, são pensamentos melhores do que os que eu estava tendo em meio ao caos dessas últimas semanas: notícias ruins no jornal, o lockdown na minha cidade que vai e volta, a insegurança em relação ao futuro...

Eu já tenho até as músicas que, se nossa vida se passasse numa série, tocariam quando a gente estivesse juntos. É errado querer alguém para além do desejo sexual? Querer afeto? Serei mais dependente por conta disso? Menos confiante? Não sei. Por que justamente quem a gente quer não move um dedo para nos conhecer melhor?

Enquanto isso, tem uns caras que já disseram me imaginar vestida de noiva subindo ao altar. Será que isso vai acontecer algum dia? Subirei ao altar vestida de noiva? Não quero ser só e não sei se subir ao altar me garante isso. Acho que nenhum lugar garante isso. No fim, é a gente com a gente.

Voltando a você, me sinto com 13 anos de novo e todas as músicas da Taylor Swift voltam a fazer sentido.