O medo do silêncio
Ele jamais pensou na possibilidade de ficar sem palavras, mais cedo ou mais tarde. Isso nunca lhe passara pela cabeça.
Gostava de prosa, falada ou escrita. De preferência, breve, curta, sucinta.
Passava longas partes dos seus dias escrevendo. Nem sentia o mudar das horas.
Mas em um determinado instante, ele pressentiu a possibilidade da ausência das palavras.
Preocupado, decidiu dar um tempo na escrita imaginando que os vocábulos descansariam e jamais lhe faltariam.