Liberdade para os livros
Livros por toda parte.
A casa era pequena, mas a desordem prevalecia.
O senhor C lia de tudo um pouco, mas não tinha uma estante para abrigar os amigos dos seus olhos.
Assim é que, no sofá, além de jornais, havia romances, a maioria do Século XIX. Alguns deles amarelados e sem capa.
Os contos e poesias eram vistos sobre uma velha mesa na cozinha.
O solitário homem pouco se importava com o que diziam dele sobre esse descaso com os livros.
Para o senhor C, a estante era como a prisão. Os livros mal podiam respirar naquele aperto. Por isso, garantia, eles viveriam sempre espalhados por todos os cantos da casa...
Até que a morte os separasse.