DE "FRESCURAS" & "VIADICES"

DE "FRESCURAS" & "VIADICES" !

O Homem deveria valer muito mais pelo que faz, constrói no Mundo, na Vida -- a sua e a coletiva -- do que pelo que é... ou deixa de ser ! Rico ou pobre, plebeu ou nobre, se não veio à Terra para realizar, melhor seria nem ter nascido. Porém, os dias atuais, com a Eletrônica dominando tudo e celulares implantados sob a pele -- igual em onças, ursos e veados (epa!) -- os seres ditos humanos AINDA JULGAM seus semelhantes por suas preferências... amorosas ! Estamos voltando à "idade das cavernas" em velocidade 5G ! Pombas, é da minha conta quem essa ou aquela pessoa ama ou deixa de amar ?! Com que se deita... ou se levanta ?

O título acima já me poz no "grupo dos homofóbicos", dos que odeiam gays e assemelhados... os julgamentos são rápidos e DEFINITIVOS na Era da Comunicação, dos "cancelamentos", mas enganam-se quase todos, este é um artigo DE ELOGIO, de admiração a "frescos" -- como se dizia nos anos 70 -- e posso lhes afirmar que o termo envolvia carinho. Quem detestava a "categoria" (ou classe) os chamava de depravados ou transviados, de onde surgiu o "palavrão" em voga. (A expressão DE é de origem latina e tem o sentido de "sobre / a respeito de" alguma coisa.)

Curiosamente, nos tempos do "Flower Power", dos amados e detestados HIPPIES -- "não tomavam banho, aqueles imundos", rosnavam -- o termo "bicha" nem existia, "rapaz delicado" era mais comum. Contudo, rara era a agressão a alguém por questão de preferência sexual; pelo contrário, muitos eram admirados principalmente na Moda, nas Artes Plásticas, na Música também. Cazuza deu azar... veio surgir e fazer sucesso (1984/85) justamente quando essa sanha "reformadora dos Costumes" deu o ar de sua (des)graça. Daí em diante ninguém mais teve sossego ! Ousaria dizer, parafraseando o populacho, que "bicha burra nasce morta" ! Só conheci na Vida "gays" talentosos, inteligentes, charmosos, criativos, COMPETENTES em tudo o que faziam e, claro, femininos. (Tem "gay" que, mesmo de saia, parece um estivador !)

Não, caro leitor, NÃO É DOENÇA... a geneticista inglesa ANNE MOIR, após ampla pesquisa, concluiu em 1991 que 1) o homossexualismo é genético, não depende de escolha (problema de falta ou de excesso de hormônio na gravidez da mãe) e 2) o ambiente exerce um papel muito menos importante do que se pensava na determinação de nosso comportamento sexual. (pag. 94, do livro "Por que os Homens fazem sexo e as Mulheres fazem amor", de Allan e Barbara Pease, edit. SEXTANTE, 2010, RJ.) O famoso Freud preferia a teoria de que meninos querem AMAR A MÃE, vai daí "recusam" outras meninas, para não trair a "amada". Inversamente, garotas amam o pai e, sendo isso proibido, tomam "seu lugar" nas futuras relações.

NADA DISSO importa... num Mundo ideal cada um amaria quem bem entendesse, na Grécia antiga era assim ! Felizmente, vivi num outro Brasil... lá não havia "Bolsobestas" nem "crentes donos da verdade" e podíamos admirar sem receios nem represálias um Denner, um Clóvis Bornay e seu arqui-rival Evandro de Castro Lima, Mauro Rosas, Clodovil, Astolfo-"Rogéria", "Vera Verão", "Laura de Vison", Roberta Close e os bailes do GALA GAY, na Cinelândia, eram admirados exatamente por isso ! BONS TEMPOS que não voltam mais ! Pobre Brasil... está irreconhecível hoje !

"NATO" AZEVEDO (em 1/maio 2021, 15hs)