Bumerangue.

Todos nós estamos perdendo parte de nós pela pandemia. Perder pode ser desde a partida de um amor ou a liberdade de ir e vir, de falar.

Percebo em mim claramente que o que mais dói numa perda é a parte de mim que morre quando um relacionamento acaba. O meu investimento, minhas mais doces e delicadas emoções esvaziam- se de sentido. Ficam a vagar no ar como a flecha arremessada de olhos vendados.

Há que transformar a flecha em bumerangue. Sim, no retorno há de curar as feridas, pois o destinatário não existe mais.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 14/05/2021
Código do texto: T7255710
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