Somos muito delas, elas são muito de nós! Vivemos nelas e...elas em nós, as BRUXAS

Não foram as bruxas que queimaram, foram nós mulheres diferentes e inteligentes

Mulheres que eram vistas como muito bonitas, feias, cultas e inteligentes, muito altas, quietas, ruivas, que dançavam, cantavam, gostavam de plantas, divorciadas, tinham hortas, plantavam ervas e temperos em seus quintais.

Mulheres que tinham água no poço de suas casas, se viravam sozinhas e criavam seus filhos sem a ajuda de ninguém, possuíam uma marca de nascença ou uma berruga.

Mulheres que já conheciam a fitoterapia, a terapia dos florais, homeopatia, eram muito inteligentes e curiosas, sentiam uma forte conexão com a natureza, faziam e sentiam coisas diferentes, tinham muita empatia e eram humildes. Algumas tinham filhos com alguma deficiência, benziam, receitavam chás e ervas naturais para a cura de doenças.

Com que direito eram chamadas de bruxas ou de mulheres más?

Qualquer mulher estava em risco de ser queimada nos anos de 1.600. Eram jogadas das pontes e se podiam nadar ou mergulhar, eram culpadas e executadas. Se elas se afogassem, eram inocentes.

Essas mulheres como nós, que gostavam de ervas, que usam diversos temperos em suas comidas, que tinham voz ativa, que receitavam chás, eram jogadas de penhascos, colocadas em buracos fundos que abriam no chão, julgadas e sempre condenadas, eram queimadas nas fogueiras em praça pública.

Mulheres sofredoras, passaram tanto trabalho na vida e lutaram pelos seus direitos, por isso estamos aqui hoje, porque alguém em algum momento lutou por nossa liberdade e o direito de nos expressarmos, temos que ser agradecidas a essas mulheres guerreiras e corajosas.

Bastava uma mulher pensar ou ser mais inteligente que um homem, contrariar os parâmetros normais, já eram taxadas de diferentes, curandeiras e bruxas.

Não foram bruxas que queimaram, foram mulheres sensíveis, bonitas, ruivas, sábias, benzedeiras, erveiras, curandeiras, guerreiras, mães, avós, mulheres como nós hoje em dia, que buscamos sempre o melhor para nossas vidas.

Até a idade Contemporânea, somaram-se 12.000 julgamentos por bruxaria, com cerca de 50 mil condenações à morte.

Elas eram apenas mulheres independentes, cultivando tradições inofensivas, cuidando de ervas que curavam, seguiam suas tradições que eram passadas de mães para filhas, sem nenhuma diferença de nossas avós, que sempre prepararam remédios e chás caseiros, como chá de camomila, funcho, boldo, guaco, etc.

Mulheres diferentes que às vezes tinham que cuidar de um filho com deficiência, faziam benzeduras para asma, bronquite, pasmo, dor de barriga e tudo isso já era motivo para irem pra fogueira.

Eram mulheres que se informavam, agiam por si próprias e isso incomodava os homens e também outras mulheres.

Na Idade Média, as bruxas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças. Eram acusadas de fazerem pactos demoníacos e realizarem coisas sobrenaturais. Foi com esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres foram mortas em diversas cidades da Europa.

Nossas avós já nos benzeram com arruda, de quebranto, inveja, mau- olhado, dor de cabeça e isso nunca nos fez mal nenhum e antigamente matavam mulheres pelo simples ato de benzer, de nos passar energias positivas, ou por nos darem um chá e curarem nossa dor de estômago, insônia ou outra dor qualquer.

Bruxas não, apenas mulheres diferentes, que até os dias de hoje usam as ervas para curarem e temperarem nossas vidas.

SOMOS FILHAS E NETAS DAS MULHERES QUE NÃO PUDERAM QUEIMAR!

marcia jack
Enviado por marcia jack em 23/05/2021
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