Ministro Ricardo Salles protege os vilões da Amazônia, dificulta fiscalização e exonera servidores que querem denunciar

Está na mídia, com fotos, fatos, filmagens, declarações e relatórios de investigação, facilmente comprováveis: Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, facilita a ação de criminosos ambientais na Amazônia Legal, protegendo grileiros, garimpeiros, desmatadores e madeireiras que fazem exportaçao ilegal. Os motivos? Bem, isso o próprio leitor deverá concluir, se as investigações oficiais não o fizerem ou concluírem que não houve crime. Afinal, no (des)governo atual, tudo é possível.

Não é de hoje que todos sabem quem são os verdadeiros vilões da Amazônia: madeireiras, desmatadores da agropecuária, garimpeiros, mineradoras, grileiros, comerciantes ilegais da fauna e flora da região. E esses vilões, nossos velhos conhecidos, se proliferam e enriquecem numa terra sem leis, não tanto pela inexistência delas, mas pela falta de aplicação e fiscalização. A foto ao lado é de 2009.

São inúmeras as coleções de fotos de biomas já degradados ou em fase de degradaçao na Amazônia. Existem fotos também de mortandade de peixes e animais, plantações perdidas, ribeirinhos e indigenas doentes ou retirantes, etc. A Amazônia é um mundo esquecido (pelos brasileiros), mas não pela cobiça internacional que, no entanto, só explora a terra, mas nada traz em seu benefício e de seus habitantes. Pelo contrário, querem tomar a Amazônia dos brasileiros, alegando que não é bem cuidada nem protegida pela legislação ambiental brasileira, o que não deixa de ser verdade, mas não justifica a intervenção na nossa soberania. Mas agora, com um Ministro do Meio Ambiente como o que temos atualmente, é um prato cheio para a crítica internacional. E fica cada vez mais difícil desmentir.

As fotos abaixo são recentes.

Neste país, todos sabem quem são os vilões da Amazônia, mesmo os mais incultos. Evasão de divisas, queimadas, desmatamento, destruição do meio ambiente, seca ou poluição de rios, alteração de biomas para savanas, extinção ou diminuição de espécies terrestres e aquáticas, risco de desertificação, poluição atmosférica, doenças respiratórias, violência contra ribeirinhos e indígenas, alterações climáticas, são algumas das consequências dessas atitudes insanas e criminosas. E quando o desmatamento de alguma área chegar próximo de 50%, dizem os especialistas, a savanização dessa área é a consequência imediata. Em alguns poucos casos os biomas conseguem se recuperar, depois de cinco anos, no mínimo, mas em outros não.

O curioso é que a despeito de se saber de tudo isso, com o conhecimento oficial das autoridades brasileiras, a região continua sendo vítima do descaso e do abandono. Mas agora, a coisa piorou, com a proteção e o incentivo do governo para manter esse status quo. Não só manter, mas até melhorá-lo (para os vilões), como é o caso da facilidade que o atual governo deu para a regularização fundiária. Basta invadir as terras devolutas, ocupá-la por algum tempo e pedir a regularização rural fundiária.  Se antes ainda se dava algum combate, ao desmatamento, queimadas e ocupação de terras devolutas, mesmo que timidamente, agora não se dá nenhum. Muito pelo contrário: o governo brasileiro está incentivando (pasmem!) e fazendo o inverso do que deveria ser feito. Com que interesse? Quem ganha com isso? O país e os cidadãos comuns, certamente não são. Então, a quem aproveita a situação?

Essa é a pergunta a ser respondida. Mas não basta apenas a resposta. É preciso saber como funcionam os esquemas e quem são os envolvidos e maiores beneficiários, aqui e no exterior, eis que grandes cargas de madeiras,  minerais e produtos da biodiversidade são continua e ininterruptamente exportados para diferentes nações. 
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Na Cúpula sobre o Clima, realizada em abril deste ano, como preparativo para a próxima Conferência Mundial do Clima, em novembro, o Brasil mente e Bolsonaro declara que irá combater violentamente o desmatamento e as queimadas, intensificar a fiscalização, reduzir as emissões de carbono, etc, etc. No dia seguinte ao seu retorno, manda cortar 30% dos recursos destinados à fiscalização ambiental (???). E agora, como se não bastasse, seu Ministro do Meio Ambiente se vê envolvido com a exportação ilegal de madeiras e proteção a desmatadores ilegais.

Como confiar num governo desses, onde o presidente e seus ministros capachos e principais assessores são todos mentirosos contumazes? Mentia Weintraub (fora), mentia Sergio Moro (fora), mentia Ernesto Araújo (fora), mentia Pazuello (fora), mentia Fábio Wajngarten (fora). Mas ainda existem três grandes mentirosos que resistem em sair: o próprio presidente, o Ministro da Economia, Paulo Guedes (o campeão e mais perigoso) e o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.Vamos ver qual vai ser a nova fala (ou a próxima mentira) de Bolsonaro na 26ª Conferência sobre o Clima, a COP-26, que ocorrerá em novembro deste ano, em Glasgow, na Escócia. Bolsonaro já declarou que Salles lá estará presente, como Ministro do Meio Ambiente, representando o Brasil. Pode?

Vamos torcer para que muito antes disso esse ministro nefasto, incompetente e corrupto seja substituído, assim como Paulo Guedes, o mais perigoso de todos. Bolsonaro, este, infelizmente, parece que não teremos força para tirá-lo. Mas se ele não sai, que saiam pelo menos os ministros incompetentes e/ou corruptos e que se melhore a qualidade dos seus ministros. 

Fonte: artigo do mesmo autor em "Formou? Disseca e Publica!"
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