Eles foram e não voltaram

Quando eu estava fazendo o primeiro ano no curso clássico tive um professor de Filosofia que deixou de dar aulas em nossa escola por que foi dar aulas de artes cênicas na Usp. O nome dele é Decio de Almeida Prado. No último dia de sua aula, ele nos contou o motivo que não daria mais suas aulas e disse que se algum aluno precisasse de algum livro de filosofia emprestado poderia ir à sua casa que ele emprestaria, embora ele soubesse que livros emprestados nem sempre voltam. Ele estava certo. Livros emprestados nem sempre voltam. Gosto muito de emprestar livros. Sempre que gosto muito de um livro empresto. Meus livros que emprestei e que não voltaram foram: Viva bem com a coluna que você tem, autor José K. Knoplich. Esse livro todos adultos devem ter e ler, para saber como viver sem dor de coluna;

Carta a D foi um livro que emprestei para uma amiga que faz exercícios Pilatis comigo. Passados alguns dias que ela estava com meu livro deu uma chuva de vento forte e quebrou uma árvore sobre sua casa. Ela teve que sair da casa que ficou bem estragada e perdeu o livro que ela não chegou a ler. Ela morava na minha rua e eu vi da minha janela a árvore que destruiu parte de sua casa. Contos de Machado de Assis foi um livro que emprestei para uma amiga da minha escola e que ainda não foi devolvido.

Apesar de ficar sem esses livros, continuo emprestando meus livros. Livros é para ser lidos e não é para ficar parados nas estantes.