"Se Você vier me perguntar por onde andei..."

Não me perguntem COMO eu aprendi a escrever – eu ainda não aprendi isso em sua plenitude. Ou, ao menos, eu não o faço o quanto nem tanto como eu gostaria... Mas estou contente com esse pouco (em quantidade e em qualidade) que eu escrevo e, na cara de pau, vou publicando... Na escola não foi. Bem, não diretamente. Mas arriscando alguns parágrafos ao voltar da escolar em um diário de folhas avulsas, atribuindo títulos e ocupando cerca de uma lauda em folhas sulfite A4. (A época pré-Falecida – fevereiro/março de 1992 foi de muita importância para mim, porque eu começava a escrever, com maior intensidade, ali, sob a inspiração das HQ do Homem-Aranha, por exemplo. Eu tento não citá-la, não me lembrar dela, mas... minha lembrança de a gente se encontrando para namorar é muito boa; tem um tom romântico muito forte; isso pesa muito para mim ainda hoje, num tempo em que a liquidez da Vida, como Bauman assim observa em seus livros, se perpetua...)

Mesmo após ter publicado mais de uma dezena de livros, o aprendizado da Escrita é efetivo em mim. Eu ainda treino-a. Eu ainda estou aprendendo a escrever. Mesmo pontuando de modo correto, ainda tenho algumas dificuldades de expor minhas ideias. De ser o mais claro possível. Guimarães Rosa tinha dificuldades em dar início à escrita. Não é meu caso. Eu me entrego a esse exercício sem problema. O problema, de fato, é organizar minhas ideias. Principalmente no quesito da Redação Acadêmica... Mas isso é papo para outra crônica...