Danças dos corações partidos.

Eu não nasci para vida de casado. Evidente que a culpa sempre foi minha não das mulheres. A monogamia é um fardo pesado que sempre cumpri fielmente. Mas a vida dentro de quatro paredes, torna a rotina algo insuportável.

Sempre achei legal namorar. A vida deveria ser assim. Um eterno namorar, sem opção de se juntar as escovas de dentes. Deveria ter essa possibilidade de se enamorar e cada um viver na sua própria casa.

Eu me descobri por acaso já depois dos 40, como ser que se completa sozinho mesmo. Morar só já é uma responsabilidade que assumi sempre na vida, interrompida em alguns momentos que fui dividir o teto com uma mulher. Não me fechei para o amor. De maneira nenhuma, apenas descobri que tenho algo mais importante a fazer. Me amar em primeiro lugar. Me valorizar.

Descobri que sou muito além de uma conta bancária recheada ou vazia. Sou muito mais do que ter um carro ou andar de ônibus. Sou muito mais do que ter uma casa ou morar de aluguel. Sou um ser humano excepcional que sempre me coloquei em segundo plano em busca de agradar alguém, mas na verdade esqueci de mim mesmo

Só a idade representa uma libertação. A gente se liberta de preconceitos, de julgamentos. Deixamos de querer ser sempre agradável, chega o momento de fazer aquilo que amamos, de pagar o preço por arriscar ser feliz.

Mas derrepente em uma esquina qualquer aparece alguém que deseja compartilhar momentos com você. A dúvida é: devo deixar as prioridades de lado e entrar nessa dança que pode acabar com corações partidos?

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 09/06/2021
Reeditado em 09/06/2021
Código do texto: T7274623
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