Cicatrizes falam muito

Sempre tive o hábito de acreditar nas pessoas, desde criança, só me ferro, mas permaneço do mesmo jeito até hoje, mas vou contar um causo.

Acabara de mudar para minha rua, uma família com 5 filhos, 4 deles, meninas, a encostada a mais nova se tornou minha grande amiga, a Andréia.

Uma tarde, estávamos na minha casa, do outro lado da rua tunha um sítio, com mangueiras carregadas, era época da fruta madura, então ela falou qeu seu pai comprou essa terra do sítio e me chamou para irmos buscar mangas, eu perguntei: - E se teu pai brigar? Ela disse: - Briga nada, ele saiu e se ele vim a gente corre, eu falei que tá bom.

Passamos por baixo do arame farpado, estávamos jogando pausa para derrubar as mangas, quando olhamos, já vem o pai dela no cavalo, ela só disse corre! E correu, passou por baixo do arame, sem precisar levantá-lo, assim como ela fez para eu passar quando entramos no sítio, levantando o arame, fiquei por último, ele gritando comigo, eu apavorada me joguei no chão e passei por baixo do arame, esse mês deu um taio no meu quadril, próximo ao bumbum, que só senti a ardência, só em casa fui ver o estrago, fiquei sem a manga e com uma sicatriz auto relevo, que até hoje me faz lembrar que não devo roubar manga no sítio de ninguém, depois desse dia fiquei mais esperta, pois cicatrizes denunciam.

Coração poético
Enviado por Coração poético em 26/06/2021
Código do texto: T7287517
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