COMO SERÁ A VIDA NA APOSENTADORIA?

Hoje, dia 27 de junho de 2021, dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, completo 31 anos de aposentada. E meu sentimento é de gratidão a Deus por este caminho percorrido com saúde e mais tempo para me dedicar à formação pessoal, aos serviços apostólicos e sociais, bem como à minha família.

Esclareço que antes de me aposentar, eu já estava servindo como catequista, durante 13 anos, sendo 8 na Paróquia São Tiago Apóstolo, no Lins de Vasconcelos, onde tudo começou, chamada pelo saudoso padre José Roberto Devellard e 04 anos na Paróquia São Francisco de Paula- OM, na Barra da Tijuca, sendo acolhida na Pastoral do Dízimo, indicada pelo saudoso Pároco Pe saturnino Arto e ficando como Coordenadora desta Pastoral. Um ano depois assumi, também, a catequese, quando o Pároco já era o Pe Carlos Gomes,  hoje, Padre Diocesano.

Agora, estou tentando lembrar todos os “SIM”, procurando não esquecer nenhum, mas é difícil, porque foram muitos os compromissos assumidos voluntariamente e com muito alegria.

Assim como já disse, quando eu me aposentei, eu já estava na Paróquia São Francisco de Paula, com turma, na Catequese de Primeira Eucaristia e no Dízimo.  E logo no ano seguinte, fui convidada pelos catequistas para ser a nova Coordenadora da Catequese. Não havia pensado nisso, porque queria aproveitar um pouco a praia da Barra e o meu novo tempo livre. Mas disse SIM sem pensar, apenas com o coração. 
E à noite, deitada em minha cama, veio um filme lindo no meu pensamento e Ele me dizia assim: Olha aí, Terezinha! Tudo que você queria quando se aposentasse está acontecendo, sem você gastar um centavo. Muito do trabalho você poderá fazer em casa e sem  agitação. Tudo Graça de Deus!  E eu chorei aquela noite com muita emoção, por esta revelação de Deus, em resposta ao meu SIM.

E foi a pura verdade. Eu gostaria de ter um Colégio quando me aposentasse: era o meu sonho!  Mas não tive tempo de fazer a formação.  Não tinha dinheiro, porque o FGTS foi usado antes, para pagar parte do apartamento que estávamos morando na Barra.  E a Catequese, na realidade,  era uma verdadeira Escola: “A Escola de Jesus”, com 50 catequistas, 8 núcleos afastados da Matriz que é a Paróquia e 450 crianças e adultos. Naquela época, tanto a Crisma, a Catequese de adultos, a Perseverança faziam parte da Pastoral da Catequese, por isso este número tão alto.
Fiquei na coordenação por 10 anos. E logo fiz o Curso do Mater Eclesiae, no Prédio da Arquidiocese, na Glória, por 4 anos e fiz mais um período relativo à Catequese Especial, para as pessoas com dificuldade de aprendizado, com estágio na Paróquia Santo Afonso, na Tijuca. Assim pude organizar, com muita ajuda, a abertura da Catequese Especial na São Francisco de Paula.
Em seguida, participei do Seminário da Faculdade de São Bento, para futuros padres vindos de todo o Brasil e para leigos, inclusive mulheres. Fiz algumas matérias, mas não concluí o curso, infelizmente. 
Nesta época eu e a Paróquia começamos a participar das Romarias Arquidiocesanas ao Santuário de Aparecida , sempre no último sábado de agosto, dia  dedicado pelo Santuário de Aparecida à romaria da cidade do Rio de Janeiro,  que coordenei por 9 anos e ajudei , por 13 anos, à Coordenadora Mercedes Manão, que ficou no meu lugar quando me mudei para a Tijuca. 
Na Tijuca, durante dois anos, participei do Projeto da Visão Mundial chamado “Maternidade Saudável”, que cuidava de gestantes carentes, na Paróquia São Tiago Apóstolo.
Na Paróquia Santo Afonso CSSR, fiz parte por 1 ano da Direção Arquidiocesana da Catequese Especial que funcionava na própria paróquia , a convite da amiga Maria Luci Gameleira que foi a pioneira aqui no Rio de Janeiro, com relação à Catequese Especial.
Com a Catequese Especial tive oportunidade de fazer um retiro cuja experiência foi muito especial, de alguns dias na cidade Mogi das Cruzes, com o Teólogo, Escritor canadense (francês)  Jean Vanier. .Em seguida fui convidada pelo Acólito Ramon Reis e aceita pelo Pároco Pe Sergio Couto, CSsR, da Santo Afonso,  na Tijuca,  para Coordenar junto com ele, os Coroinhas e Acólitos que chegaram ao número de 42, com a inclusão das meninas, que nós acolhemos na nossa Coordenação. Fiquei na ECASA, Equipe dos Coroinhas e Acólitos da Santo Afonso por 5 anos.

Em seguida fui convidada pelo Padre Gustavo Auler para assumir a Evangelização do Amparo Maternal em Benfica que estaria recomeçando num projeto organizado pelo Assistente Social Marcio e supervisionado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Fiquei colaborando por 5 anos neste trabalho muito importante, e que me fez muito bem.

Eu nunca terminava um trabalho para começar outro. Sempre ficava com os dois, por um certo período, até resolver minha saída sem transtornos.   Quando eu estava no Amparo Maternal, eu e o Antonio, meu esposo, aceitamos ajudar a  Ação Comunitária Sal da Terra, uma ONG que administra há 36 anos, duas creches:  Chameguinho e Ternurinha, com 110 crianças no Complexo do Lins de Vasconcelos.   Eu fiquei na Diretoria como 1ª Tesoureira e o Antonio no Conselho Fiscal.  A Sal da Terra estava passando por um momento muito difícil. Por motivo de saúde, meu médico me orientou que eu precisaria ficar com um só trabalho. E tive que escolher. E escolhi ficar com a Sal da Terra, e já estamos há 14 anos, com a graça de Deus.

Voltando aos cursos. Quando fui morar na Tijuca, fiz um curso no Centro Loyola de Fé e Cultura, na Gávea, que é um braço da PUC, por 3 anos, com mais dois de complementação que se chamava “Evangelização e Pedagogia da Fé”. Éramos um grupo de 5 pessoas, e o curso foi muito importante para a formação de todos nós.
Fiz alguns retiros como coordenadora da Catequese na S.F.P,  na Arquidiocese do Rio de Janeiro.     Na Paróquia Santo Afonso, anualmente, participei dos retiros  das Pastorais, chamado RESA,  como coordenadora da ECASA, Equipe dos Coroinhas e Acólitos Santo Afonso, que aconteciam  durante um final de semana. 
A Ação Comunitária Sal da Terra, também, promove formação e cursos,  na área da educação, que procuramos participar, parar atualizar nossos conhecimentos e troca de experiências. 
De alguns anos para cá, não tenho feito cursos longos, apenas cursos de um dia. Alguns de 2 horas ao dia com complementação em outro dia. E outros apenas de 2 horas.
Agora na Pandemia participo de muitas palestras on-line, do Centro Loyola de Fé e Cultura. 
Participei, também, de algumas palestras sobre “Física Quântica e Espiritualidade “ ministradas pelo saudoso professor Helio Daldegan, que me ajudaram muito na minha caminhada . Obrigada, professor!!!

Louvo dizer que o “Teatrinho Nosso Quintal” criado há 46 anos, com as crianças da rua Padre Roma, no Lins de Vasconcelos e com todo o apoio do saudoso  Pe José Roberto Devellard, na catequese da São Tiago Apóstolo,  esteve presente em todos estes trabalhos ao longo destes 31 anos de Aposentadoria. Não posso esquecer, também, os momentos do Teatrinho na família, sejam no aniversário dos netos , Natal e Páscoa. 

Fizemos nestes 31 anos 4 viagens à Europa, para visitar parentes do meu esposo e amigos. 

Com 10 anos de aposentada e durante um período de 21 anos, isto é, até este ano, nasceram nossos 06 netos : quatro homens e duas mulheres.  Uma nova experiência aconteceu e acontece na vida da família como um todo.  E a palavra vovó tem um sentido muito profundo de descendência, de futuro,  de testemunho, de muita alegria, de muita celebração e de muita vida! 
Obrigada filhos pelos netos:
Gabriela, João, Lucas, Rafael, Pedro e Agatha!!!  

Hoje, a Ação Comunitária Sal da Terra está integrada à Paróquia São Francisco de Paula OM, através da Pastoral da Catequese, tanto pelo apoio dado por frei Dino, ao longo de muitos anos, como pela Pastoral da catequese, através de sua Coordenação Ana Cristina Adão e Manoela Epifânio, Catequistas, Catequizandos e suas famílias, quando  há alguns anos,  participam da Campanha de Natal dos Kit Pedagógicos cujos materiais serão usados pelas 110 crianças das creches, ao longo de todo o ano novo. Tudo sempre com a bênção do Pároco Frei Evélio de Jesús Muñoz.

Espero que este relato, não os tenha cansado, mas que seja um testemunho de vida para você leitor.

Obrigada a todos que participaram de alguma forma para que tudo acontecesse e fosse realizado para o bem de todos nós!

Em 27 de junho de 2021
Terezinha Domingues



 

Terezinha Domingues
Enviado por Terezinha Domingues em 27/06/2021
Reeditado em 27/01/2023
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