O EPITÁFIO DEMOCRÁTICO

O atual quadro da política brasileira é lastimável.

A corrida antecipada para as eleições de 2022 trouxe a tona o perfil de uma esquerda infantilizada e adoecida por uma síndrome de mau-caratismo sem precedentes.

A tchurma não consegue trazer em suas argumentações uma crítica consistente ao atual governo.

Isso é explicável, vez que para se apresentar uma crítica honesta é necessário que sejam admitidos os avanços do atual governo em vários setores, assim como a humildade de assumir os erros cometidos ao longo de mais de 15 anos de governo quando detinham o papel de protagonistas.

O discurso do ‘quanto pior melhor’ vem acompanhado de muita infantilidade, não é crível que mesmo uma pessoa desprovida de um mínimo de inteligência, ou mesmo sem acesso à internet para uma revisita rápida a um passado não muito distante, engoliria a seco as pueris arguições da esquerda, principalmente o fato de que o agravamento do caso do pastel chinês, não tenha sido em grande parte responsabilidades de governos que adotaram uma gestão corrupta que cacarecou o sistema público de saúde e carcomeu as instituições com cupins ideológicos.

Incomoda bastante, principalmente às pessoas com um pouco mais de massa encefálica, assistir o ápice desta infantilização, bem como a síndrome do mau que acometeu a esquerda brasileira.

As máscaras de progressistas não pode impedir a realidade que arrasta a esquerda a um estado terminal.

A doença, embora com efeitos menos perceptíveis aos incautos, adentrou as colunas do Olimpo, vez que até os deuses vem se utilizando de adjetivações e caricaturas ornadas de um fascismo imaginário, além de apresentarem frutas amorfas, como aquela oferecida pela serpente a Eva, sendo estas advindas dos campos das fazendas do Tio Sam em New Haven, Connecticut.

No panteão da terra da jabuticaba, vale de tudo, desde que realizado com certo requinte retórico, uma estratégia mal fadada para não macular a já lambuzada imagem por meterem o nariz aonde não é de ossada desses deuses.

Oxalá se em alguns anos a tal ‘ciênçia’ possa desenvolver um tratamento para esse estado de coisas na política do país, quiçá até lá não seja tarde, para evitar o triste epitáfio da lápide “Aqui jaz a democracia brasileira” e, em substituição, poder-se gravar “Aqui jaz a demoniocracia brasileira”.