Eu não conseguiria...

Sua história, conturbada, semelhante um labirinto, onde ele conseguiria achar o final, aliás ele até ajudaria outros seres humanos, que naquela época viviam como se os caminhos fossem eternamente intransponíveis.

Estamos falando de qual personagem?

Esse personagem que queria atravessar os obstáculos, pela sua audácia, inteligência, cultura pra dar e vender, esse personagem queria ajudar os outros, principalmente os mais oprimidos era o professor filósofo, Paulo Freire, talvez eu encontre alguns observadores críticos me contestarem dizendo:

--- o homem Paulo Freire, não era tudo isso, até era improváveis nas suas ideias, seus ideais!...

Eu até aceito ideias contrárias, mas é como Paulo Freire pensava, estimulava nos debates e cada ideia poderia te seu valor.

Mas, tudo tem um “mas” na nossa vida, ele pode até ter tido falhas como todo ser humano, ele na sua longa existência, batalhou muito pela educação brasileira, queira Deus se ele com seus métodos, sua audácia em querer movimentar a educação, que até hoje usufrui de benefícios, que alavancou a educação.

Se o mestre, o filósofo, Paulo Fleire fosse vivo, poderia estar sim, nesse mês de setembro estaria completando, 100 anos de idade! O homem que na sua juventude, teve um embate com a ditadura, por causa de seus métodos, suas ideias, não foi compreendido, no meu modo de ver, a ditadura no Brasil não foi tão terrível igual a da Argentina, do Chile, ou em outros lugares do mundo que existiram e ainda existem, entretanto, a ditadura no Brasil teve consequências, por exemplo, Paulo Freire foi preso, muitos interrogatórios, por ter sido fiel nos seus princípios consequentemente foi exilado, expulso do Brasil, no Chile ainda continuava avidamente seus trabalhos, na Reforma Agrária foi um deles.

Nas minhas divagações eu penso:

--- lá no exílio, sendo Paulo Freire um mestre, com certeza amante da literatura, talvez ele pensava na linda poesia de Gonçalves Dias, que no seu exílio também compôs esta obra prima:

“Minha terra tem palmeiras

onde canta o sabiá

as aves que aqui gorjeiam

não gorjeiam como lá”

E pra concluir logo o modo de pensar, vou pular para a última estrofe, citar somente os dois últimos versos, que concluía o que talvez Paulo Freire sentia:

“não permita Deus que eu morra

sem que eu volte para lá.”

Deus permitiu, teve a anistia e Paulo Freire volta ao Brasil e continua sua luta na educação.

Dois fenômenos na literatura: Paulo Freire com sua luta, Gonçalves Dias com suas poesias.

Nossa! Eles sofreram e depois reviveram...

Eu, um simples mortal, no lugar deles, não conseguiria viver!...