Paralização... incógnita!

Era 2019, na China começava o tormento, um vírus aprontava o diabo com as pessoas, o mundo inteiro pensava que ficaria só naquele país, ou seja uma pequena parte daquela imensidão da China, ledo engano, o vírus, Coronavirus 19, ia se espalhando, para tudo que era canto do planeta. Terminou o ano 2019, o mundo parecia completamente desordenado, por causa do vírus maléfico coronavirus, inclusive os nossos especialistas fenomenais da saúde, médicos, cientistas renomados, neles também a confusão se generalizou.

O mundo revirou de pernas para o alto no setor também da educação. As escolas foram paralisadas, calculando a grosso modo: dois anos de paralização creio que as crianças de 7, 8, 9 e talvez 10 anos, sejam os mais prejudicados. Justamente porque nesse período de aprendizagem a alfabetização vai concluindo espetacularmente nessas mentes em completa ebulição, (nem sei se estou certo no meu raciocínio) nessas idades as crianças necessitam do professor, que é o educador adequado no aprendizado, muitas vezes torna-se difícil os pais por mais preparados que forem, ensinar adequadamente seus filhos, fora permanentemente das salas de aulas.

Eu fui me lembrando de muitos e muitos anos atrás, eu mais ou menos enquadrado nessas idades mencionadas. Na escola, a matéria de português ainda não me atrapalhava tanto, lia avidamente os gibis, ou qualquer outras histórias em quadrinhos, até algumas poesias, como aquela de Casimiro de Abreu:

“Eu me lembro! Eu me lembro! – era pequeno/e brincava na praia; o mar bramia,/ e erguendo o dorso altivo , sacudia / a branca espuma para o céu sereno./ E eu disse a minha mãe nesse momento: / que dura orquestra! Que furor insano! / Que pode haver de maior do que o oceano/ou que seja mais forte do que o vento? / minha mãe a sorrir, olhou pros céus / e respondeu:- um ser que nós não vemos, / é maior do que o mar que nós tememos,/ mais forte que o tufão, meu filho, é Deus.”

Então na questão das letras, até que ia bem, mas os números eram o meu tormento, a terrível matemática, ou aritmética, agora estou na dúvida.

Um dia chegando em casa, depois das aulas, minha mãe que era uma exímia observadora, uma autodidata incrível, apesar de não ter estudado no seu tempo de escola nem dois anos completos, ela viu meu tormento com os números, apenas me disse:

--- meu filho, pega seu lápis, senta aí, vamos estudar a tabuada, você vai ter que decorar!

Sem mais nem menos, minha mãe, me orientou ir fazendo manualmente a tabuada do número 2, até o número 9, me fazia memorizar também. Foi meu completo alívio, ainda não sou um conhecedor excepcional da matemática, mas aquelas noções iniciais da matemática me serviu magnificamente até os dias de hoje.

Então hoje em dia, fica a incógnita, será que algumas dessas crianças, terão sérias dificuldades, com essa paralização, dessa pandemia insensível?...