Abaixo a alienação.

A nossa democracia é representativa, os parlamentares são os nossos representantes legais associados a partidos políticos. Cada um segue uma ideologia e são enquadrados como partido de esquerda e de direita, mas vão muito além; há consenso geral de que a esquerda inclui progressistas, ambientalistas, socialistas, comunistas... enquanto a direita inclui neoliberais, conservadores, reacionários, capitalistas...

Todos, e cada um em particular, trabalham para atender a vontade de diversos grupos da sociedade - do agronegócio, da igreja, da indústria, do estudante... Exemplo dessa diversidade é a atual existência de 33 partidos políticos no Brasil. Toda transformação social passa pelas mãos desses grupos. Cabe a eles, no exercício da sua atividade fiscalizadora, formar Comissões Parlamentares de Inquérito para apurar fatos determinados, quando existirem ou receberem denúncia.

Para sair eleito em qualquer sufrágio um candidato investe muito dinheiro pra financiar sua campanha. Embora o fundo partidário hoje cubra suas despesas, há muito trabalho a ser feito, por exemplo: contratar confecção de panfletos e afins, contratar encarregados da panfletagem, contratar carros de som, investir tempo na discussão com seus eleitores, fazer passeatas, fazer discurso em comício, eleger dias para também panfletar e para gravar vídeo pra mídia...

Além do desejo pessoal de atingir o objetivo proposto, o de sair eleito, o candidato tem que confiar no processo eletrônico de apuração dos votos ao qual se submeteu no momento em que fez registro da sua candidatura. Lembrando que esse processo eletrônico foi discutido e aprovado pela Câmara dos Deputados duas vezes, e pelo Senado Federal também duas vezes - ambos os órgãos, Câmara e Congresso, são os responsáveis por definirem toda a condução da política nacional -, e, por fim, sancionado pelo presidente em exercício.

Passados 25 anos de urna eletrônica jamais foram apresentadas denúncias de fraude no escrutínio dos votos, jamais se ouviu ilações que pusessem em dúvida o resultado do pleito, jamais se ouviu dizer que a urna eletrônica foi hackeada, jamais um candidato ou partido - que são os maiores interessados na segurança das urnas eletrônicas -, discutiu a necessidade de uma CPI para apurar ação desonesta por parte do TSE na contabilidade dos votos. Tudo isso só comprova a lisura do nosso processo eleitoral.

Para o entendimento do leigo informo que, um telefone fixo para se comunicar depende de dois fios, um para energia elétrica e outro para transmissão de sinal de voz. Um computador para funcionar depende da eletricidade, mas para interagir com outras máquinas, exige um cabo de internet. A internet tanto facilita e ajuda a nossa vida quanto dificulta e prejudica, sem entrar em detalhes. Já a nossa urna eletrônica funciona tal qual uma calculadora elétrica com apenas uma tomada, ou seja, apenas um dispositivo para ligar o aparelho à energia elétrica e nada mais. Num sufrágio, o primeiro procedimento ao ligar a máquina é emitir a zerésima, relatório que comprova não haver registro de voto na urna. Encerrada a votação, o aparelho emite um boletim em várias cópias, uma das quais deve ser afixada na porta da seção de votação, outra deve ser entregue aos fiscais e representantes de partidos, uma deve ser encaminhada para a junta eleitoral, onde todos os votos são processados e se encerra a apuração. Havendo dúvidas entre o relatório emitido pela máquina e o exato número de votos listados após o encerramento da votação, tem o livro de assinaturas para confrontar e tirar a dúvida.

Caro cidadão, não se deixe enganar pelo delírio de alguns POUCOS que dizem exigir o voto impresso, não querem outra coisa a não ser causar tumulto, ou, muito provavelmente, ajudar um empresário endividado precisando vender umas impressoras. Informe-se e fique atento, é a destinação do nosso suado dinheiro que está em jogo.

Dilucas
Enviado por Dilucas em 23/07/2021
Reeditado em 05/02/2022
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