O MAL RELIGIOSO. A VONTADE. NIETZCHE. EQUÍVOCOS.

Quem disser que a vontade não comanda o homem está à margem de tudo. Só o desrespeito combate a história sacralizada.

E a filosofia passeia sobre o mundo da vontade, e são muitas e controvertidas as abordagens, e principalmente, discute-se a vontade que não é a própria, mas a dos outros estudiosos, das gentes, do mundo onde exerce a vontade o ser humano.

Como alterar a vontade de outro ser se só ele a comanda? Existem escolas de como atuar na vida social, de forma melhor, mudá-la.

Para quê?

Segundo creio, para o que se dirigem as escolas todas, aperfeiçoar sempre o habitáculo social e seus impulsos, para sobrevivências materiais contínuas e dignas, deve ser ou pelo menos é o objetivo. Mas outra coisa é invadir questões onde a vontade não está suscetível nem para a erudição, nem para o conhecimento enciclopédico, nem para o conhecimento e a filosofia secular, milenar.

O campo do subjetivo não foi dado permitir ingressar na ascese de cada um. Da mesma forma e diminutamente comparando, como o divino não revelou nem revela seus segredos. Ache-os. Pela vontade, ou deles, dos segredos, se afaste, pela vontade.

Não os procure pelos meios disponíveis através da vontade de terceiros, ainda mesmo que distantes ou por imagens ficcionais apontados, os seus meios. Construa pela vontade seu mundo. Ele é seu, e sendo só seu, não dependa de nada nem de ninguém, faça-o monolítico e coeso, granítico.

Sua vontade é inegociável com solenidades fechadas, celebridades discutidas, reclusões encerradas em metades universais.

Só não se pode nem se deve erodir a vontade alheia, nem menosprezar ou fazer da crítica pejorativa, história.

“Além do bem e do mal”, livro do discutido e modernamente visitado, embora vetusto, Nietzsche. Nele a epopeia que faz ventilar a retórica. Já o contestei, Nietzche, sem pretensão, porém convicto e no passo da certeza lógica, em meu livro A INTELIGÊNCIA DE CRISTO, na igualação do bem e do mal, pontificando que esse último deve ser prevalente, diz ele, senão impossível vencer na vida, em qualquer compartimento existencial. Para mim eles são excludentes por óbvio. Nem o sufismo muçulmano radical justifica tal posição.

E dispõe de seu aspirado e equivocado controle da vontade: “Onde quer que até agora a neurose religiosa tenha aparecido sobre a Terra, nós a temos ligada a três perigosas prescrições dietéticas, solidão, jejum e abstinência sexual – mas que sem que aqui se possa decidir com segurança o que aí é causa e o que é efeito, e se existe de fato aqui o que é causa e o que é efeito”.

E diz a frente: “ Como é possível a negação da vontade?”.

Pergunto, qual vontade? A vontade de algum crente, algum acreditado, que assim decidiu?

E ninguém tem direito de colocar a vontade que não fere, nem é um mal, nem viola direitos em questionamento, acresço. São votos pessoais. Não estão no mercado de ideias.

E continua, assolando no pregão absurdo: “Como é possível o santo?” Respondo, pela vontade de quem quis seguir uma vida santificada segundo sua crença e seu padrão de santificação. Enfim, sua vontade.

E continua sua saga extravagante de pretensão vazia, sic: “No antigo “Testamento Judaico”, o livro da justiça divina, há homens, coisas e falas em um estilo tão grandioso, que as literaturas grega e indiana nada possuem que possa ser comparado”. Sempre em equívoco, não entendeu a grandiosidade de QUEM não escreveu uma única palavra e continua sendo o PERSONAGEM mais seguido na hostória. DC, depois Dele, Jesus Cristo. Não é Moisés, de máximo respeito que se deve, o maior ídolo dos povos e das gentes, bem ao contrário, diminuta crença que negou a Nova Aliança, e Caifás fez matar o Messias, por inveja, mas JESUS CRISTO, O UNGIDO, O REI, a iconografia exponencial, levada a Cruz de seu martírio, por milhares e milhares junto ao coração, de máximo número que judeus nem apequenadamente chegam perto, e não escreveu nenhuma só palavra, nem um vocábulo. Filosofia de enguhos a que recusa a reportagem de Jesus, Novo Testamento.

A GRANDIOSIDADE É DE JESUS, amor, não ódio até hoje a procura da terra prometida, confiscando terras e matando para apossamento injusto na Palestina, alimentado pela moeda que controla no mundo. Leia-se a carta de Gandhi sobre o tema.

E consegue o anacoreta da lógica, insulado em sua caverna de ódio, cinzenta e sem luz, invisível que a realidade da vontade é objetiva, manifestar essa pardacenta desconformidade com a história e o empirismo, sic: “ Novo testamento, uma espécie de rococó do gosto sob todos os aspectos , ao antigo testamento para formar um só livro, a Bíblia. O “livro em si”; esse o maior atrevimento e o maior “pecado contra o espírito” que a Europa literária tem em sua consciência”.

O atrevimento, o pecado, está nas vendas sobre os olhos, programada e buscando a negação para sobressair, de quem, de certa forma conseguiu, e teve espaço até hoje na história para ser atrevido.

Conferir livro ALÉM DO BEM E DO MAL, NITZCHE, fls. 24, 33, 34, 44,51, 55, 74, 154, 215.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/08/2021
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T7311867
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