Quais as máscaras da nossa sociedade?

A palavra “máscara” nunca foi tão utilizada como nos dias atuais. Tanto no sentido denotativo “Peça com que se cobre total ou parcialmente o rosto para disfarce.” quanto no sentido conotativo “Aparência enganosa.”.

No sentido real vem à mente lembranças festivas como o carnaval, sarais e bailes à fantasia, mas também a necessidade de usar esse item como forma de nos protegermos de bactérias e vírus, principalmente agora, em meio a uma pandemia. Já o sentido figurado, nos faz refletir sobre os desatinos da nossa sociedade e da falsa imagem que muitas pessoas carregam.

Quem realmente se importa com o que você pensa ou sente? Vale a pena refletir! Até porque é possível ter milhões de amigos nas redes sociais e passar uma imagem de pessoa mais feliz do mundo, quando, na verdade, essa é apenas uma máscara para esconder as mazelas da vida e fugir da solidão. Também tem aqueles que pregam uma falsa liberdade, dizendo: “Não devo satisfação a ninguém!”, “Quem paga as contas da minha casa sou eu!”, no entanto, expõem na internet o que fazem desde a hora que acordam até o momento que vão dormir. Que contradição, não é mesmo!?

Vivemos em uma sociedade consumista e de mil aparências, onde o ter vale mais que o ser; a roupa de marca, mesmo feia, vale mais que a roupa simples e elegante; o bonito é aquele que se enquadra em um padrão de beleza; a juventude parece ser eterna nas redes sociais, preenchem-se fendas e falhas e manchas se removem; as relações sem compromisso é a moda do momento; não há responsabilidade afetiva e o amor foi banalizado e, por fim, a mentira vestiu a roupa da verdade e anda por aí fazendo um estrago.

De falso moralismo, a nossa sociedade está cheia! Mas talvez a gente possa escapar dessas loucuras sendo naturais, cumprindo deveres reais, que realmente valham a pena, curtindo a vida sem se expor, refletindo e tendo opiniões próprias, combatendo o desejo por coisas que nem queremos, valorizando quem nos ama de verdade e a nossa própria presença, sem temer a solidão, afinal nascemos sozinhos e morreremos sozinhos.

Descobrir a nossa função no mundo é um excelente aprendizado e leva tempo. Não é preciso fazer sacrifícios tolos nem cumprir tantas obrigações banais e inúteis, como mandam os mitos e mentiras de uma sociedade instável, desnorteada e em crise. No fundo, é preciso refletir sobre os erros e acertos, amadurecer de verdade e buscar sempre o caminho da evolução.

JÔSE BARBOSA
Enviado por JÔSE BARBOSA em 01/08/2021
Reeditado em 04/08/2021
Código do texto: T7312024
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