A História do Índio no Bordel
 
... E lá estava o coitado índio na maior “secura do mundo”, porque nunca havia, digamos, provado da fruta que o Adão comera lá no Paraíso. Nenhuma índia estava a fim de “molhar o seu biscoito”, para acabar com a sua “secura”. E o coitado continuava – para desespero próprio e com orgulho ferido – virgem! Virgem Maria!

Não mais suportando (Desculpem-me ser repetitivo.) a secura, o índio vai até a cidade buscar consolo na Casa das Mulheres, ou seja, a Casa da Luz Vermelha, também conhecida como Bordel e, popularmente, como Puteiro! Em lá chegando, foi logo dizendo para a cafetina:
-Índio quer mulher, ham! Índio ter dinheiro!
-Índio, você tem alguma experiência, já fez isso antes? – perguntou a dona do Puteiro ao índio!
-Índio nunca fez! Vai “cê primeira vez que índio fazê!”
A dona do Puteiro, então, aconselhou o índio:
-Índio, faz o seguinte: volte lá para a mata, namore uma boazuda índia e – se mesmo assim nada der certo – procure um tronco de árvore que tenha um buraco e, então, pratique... pegue experiência para, assim, voltar que eu lhe apresento uma das nossas meninas!

Passadas umas duas semanas, lá estava o índio de volta ao Puteiro, e foi logo dizendo:
-Índio quer mulher, ham! Índio ter dinheiro, ham! Índio, agora, ter muita experiência. Índio aprendeu bastante no buraco do tronco!
-Beleza – dissera a cafetina ao mesmo tempo em que chamava uma das suas meninas:
-Xuxinha! Suba lá para o quarto e dê um trato no índio! Faça um programa bem gostoso com o nosso amigo índio, viu? É a primeira vez dele!

Já estando dentro do quarto, a mulher tirou as poucas roupas que usava e diz para o índio:
- Vem, meu amor – sou todinha sua!

O índio, então, pegou um pedaço de pau e começou a bater na bunda dela. Era cada pancada que o barulho dava para ser ouvido à longa distância.

A mulher ao ser agredida aprontou um berreiro gritando:
-Que é isso, índio? Você está maluco?
-Índio ter muita experiência. Índio agora quer ver se não tem abelha nesse buraco!
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Imagem: Google
 
Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 11/08/2021
Reeditado em 11/08/2021
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