Visita a Uma Região de Suicidas (Viagem Astral)

Agradeço aos meus guias pela experiência dessa noite.

Nosso grupo, protegido, visitou uma zona de suicidas.

À nossa aproximação, como sempre, várias entidades que, de certa forma, ¨dominam e controlam¨ a região fogem em pânico. Era um edifício enorme, que deveria estar usualmente imerso na escuridão para aquelas almas, mas a escuridão não existe para nós. Enxergava tudo claramente.

Por todo o lado, nas paredes, no assoalho, nas escadarias, e até no teto, víamos formas grudadas à estrutura do local. Imaginem como se fossem grafites, mas tridimensionais. As pessoas estavam como que ¨congeladas¨ no momento culminante em que provocaram a própria morte. Os que dispararam tiros, os que ingeriram venenos, os que abusaram de substâncias químicas e outros. Fiquei impressionado como vísceras pregadas em alguns locais. Estavam como que soltas ou apartadas dos corpos. Era algo aterrador!

Os guias esclareceram se tratar daqueles que morreram mediante explosões ou acidentes com máquinas e veículos que eles mesmos, de modo intencional, provocaram tirando a própria vida, a pretexto de dissimular o suicídio.

Ninguém escapa desse ajuste de contas após mostrar rebeldias severas contra a vontade do Criador.

Eram milhares de almas e a dor de cada um podíamos sentir enquanto explorávamos aquele local perturbador. Alguns de nós choravam. Se fomos levados, era porque temos a estrutura de suportar as mazelas daquele ambiente.

Sabíamos, no entanto, que aqueles quadros não durariam para sempre.

Diante de uma jovem, que estava ¨congelada¨ junto ao assoalho, começamos a vibrar conjuntamente me um esforço para mudar seu posicionamento mental. Ela desencarnara durante um carnaval. Vestia ainda um desgastado vestido de columbina. Sua imagem era do momento em que borrifava um spray contendo substância que, misturada a outros excessos, provocou-lhe uma súbita para cardíaca, visto ter naquele órgão problemas genéticos que desconhecia. Não fora um acidente, pois os mentores afirmaram que ela, no íntimo já procurava o autoextermínio há tempos. Entretanto, seu coração já vibrava ansiando por um auxílio e, foi essa disposição, que possibilitou o resgate. Foi maravilhoso ver como ela ia recobrando uma cor ¨mais humana¨ seus membros começavam a sair da rigidez cadavérica migrando para uma maciez natural. Ao invés de ser como uma estátua, aparecia agora simplesmente estar deitada ao chão. O spray desaparecera e a jovem nos dava a sensação de apenas dormir um pesado sono.

Nosso guia principal afirmou que agora poderiam retirá-la de lá continuando o longo tratamento em câmeras específicas em uma central hospitalar adequada. Graças ao equipamento mental dos guias, fora ela transportada levitando. Saímos daquele centro de horrores abençoando as almas que ali ficavam sabidos que, cada um a seu turno, alcançaria a plena libertação.

Está escrito.