Senhor, eu sei que tu me sondas...

“Senhor, eu sei que tu me sondas

Sei também que me conheces

Se me assento ou me levanto, conheces meus pensamentos

Quer deitado ou quer andando, sabes todos os meus passos

E antes que haja em mim palavras, sei que em tudo me conheces

Senhor, eu sei que tu me sondas...

Deus que me cercaste em volta,

Tuas mãos em mim repousam, tal ciência é grandiosa, não alcanço de tão alta

Se eu subo até o céu sei que ali também te encontro,

Se abismo está em minh'alma sei que ai também me ama.

Senhor, eu sei que tu me amas...”

***

Quando adentrei-me, naquele sábado de manhã, pela capela Nossa Senhora Auxiliadora do Colégio Pio XII (Belo Horizonte), estava no ar esta linda música, letra baseada no Salmo 139. Ela dava ao cenário, já sacrossanto, aquele clima tão cheio da misericórdia de Deus!

Foi proposital minha visita àquela igrejinha. Sabia que ali trabalhava a Auxiliadora – a Mulata, principal personagem de uma de minhas crônicas. Entrei na esperança de conhecê-la. Estava repleta a capela e percebi que ali aconteceria uma missa para celebrar a primeira eucaristia de alunos do Colégio. Estavam de roupa branca, com velas acesas, de prontidão para a solene entrada. Os pais estavam ansiosos, sentados nos bancos, com filmadoras e máquinas fotográficas.

A curiosidade me dominava e procurei, naquela assembléia, alguém que pudesse ser a Auxiliadora. O melhor seria perguntar ao Segurança que estava em pé, logo na entrada do sagrado recinto.

Ele disse que conhecia a Auxiliadora e se prontificou a chamá-la. Não demorou dois segundos e lá vem ele, acompanhado pela jovem e simpática índia.

Ao me identificar, ela levou um sobressalto, pois sabia que alguém havia escrito a sua história, mas nunca imaginaria que essa pessoa surgisse, assim de repente, naquele local. Curiosamente, parecíamos velhas conhecidas. Abraçamo-nos e choramos. Ela me agradeceu e mostrou-me uma linda imagem de Nossa Senhora Auxiliadora que estava no altar. Era a sua madrinha e protetora. Deu-me breves notícias de seu irmão, Domingos Sávio. Conversamos pouco, porque o ambiente era de respeito e a missa já estava começando.

Combinamos encontrar num outro dia.

Grande Auxiliadora! Como eu admiro você!

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 12/11/2007
Reeditado em 12/11/2007
Código do texto: T733667
Classificação de conteúdo: seguro