Cara ou coroa?

Sempre carrego algumas moedas no bolso, detesto recebê-las como troco de alguma compra, mas sempre carrego alguns trocados, o motivo disso se dá ao fato d’eu precisar escolher entre tomar um café puro, ou pingado, comer um salgado, ou algum sanduíche, sempre opto por decidir essas coisas com base no “cara ou coroa”; não só essas coisas como algumas decisões um pouco mais assertivas e com peso maior, é como se jogar a moeda para o alto tirasse um pouco do peso das escolhas, como se eu tivesse deixado por encargo da sorte e do acaso, eles que se decidam.

Aos poucos, eu acabo utilizando esse mecanismo com relação a pessoas, creio que esse seja o máximo que isso possa atingir, pessoas que ensaiam uma saída da minha vida e eu jogo a moeda para o alto pra decidir se corto o que precisa ser cortado de uma vez, ou se deixo estar.

Os sacrifícios são presentes na vida e eles se tornam mais presentes a medida que as escolhas se tornas mais sérias e radicais, nunca vi como algo bom simplesmente pra se deixar levar, ainda que sempre se chegue a algum lugar, nunca vi como algo positivo, sendo assim, desde o começo da minha consciência eu busco ter uma convivência saudável com ações e consequências.

E embora eu busque isso, nunca considerei algo simples de se fazer, sempre há um peso, sempre há uma medida, coisas pra se perder e que não importa se estamos dispostos a perder, ou não, infelizmente elas serão deixadas e devo dizer que meu coração dói enquanto escrevo esse trecho, afinal, a lembrança sempre fica, não importa o que aconteça…

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 13/09/2021
Código do texto: T7341444
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