“Some, some, some que ele vem atrás...”

Embora o verso seja de uma canção considerada (pejorativamente) popular, ele retrata, exatamente, os padrões de relacionamento a que somos impostos desde sempre.

Não demonstre afeto, não diga que sente saudade, não conte à pessoa o quanto a falta dela entristece seus dias, não deixe que ela perceba que você, como humano (que é), sente, sofre e deseja.

Caso contrário, essa mesma pessoa não o valorizará e, por consequência, nunca ficarão juntos.

Lendo assim, parece estúpido, não é?

Mas a arena das relações na qual somos lançados, durante toda a vida, tem, como principais armas, esses princípios.

Eu, com 36 anos, me cansei desse jogo e quero sair.

Se não for pra ter uma vida baseada na mais genuína verdade dos relacionamentos, eu passo minha vez.

O mundo está, mesmo, ao contrário, Nando. Alguns repararam, mas eu, particularmente, não tenho mais cartas nem disposição para as próximas partidas.