CPI proíbe ter amigos no governo

A todo e qualquer depoente, a pergunta mais frequente é sobre a relação com A ou B, que, direta ou indiretamente, tenha proximidade com o Presidente. Querem, a todo custo, vincular negócios com vacinas a questões pessoais, sob a pecha de interesses escusos. E o depoente, já percebendo a intenção capiciosa dos inquiridores, vai driblando daqui e dali, porque já sabe que é proibido ser amigo da família Bolsonaro.

Negócios só com inimigos, se for com amigos gera logo suspeição.

Vira e mexe e o foco não sai da "covaxin", a vacina que não foi comprada. É o pecado não pelo ato, mas pela intenção.

E colocam fotos ou imagens de vídeos, mostrando que em determinados eventos aquele depoente aparece próximo de pessoas ligadas ao Presidente.

Um deles, com maior perspicácia, assim indagou ao relator: "Vossa Excelência é uma pessoa pública. Se eu aparecer numa foto ao seu lado, posso dizer que sou seu amigo?"

Pronto, desmontou toda a lógica da amizade atribuída pela CPI a qualquer depoente em relação ao Presidente, que não deve ser permitida.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 26/09/2021
Reeditado em 26/09/2021
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