Estrada fria

Ando pela noite como quem sai de um sonho e flutua no nada.

Passo por aí.

Vejo e não guardo, antes assim.

Tomo um vinho cálido nessa noite morna e entediante. Pálida lua clareia, divide o firmamento com estrelas várias; pálida lua sempre lá, altaneira, bela, inútil.

Luares de um tempo que passou sempre a iluminar estradas que a nada conduzem, que ao nada conduzem.

Luizinho Trocate
Enviado por Luizinho Trocate em 26/10/2021
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